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POR DENTRO DO DISTRITO
Perdizes cede campo de pássaros ao trânsito
free-lance para a Folha
Os primeiros moradores das
Perdizes não conheceram trânsito, não conviveram com vizinhos
famosos e não estudaram na
PUC, a Pontifícia Universidade
Católica, fundada em 1946.
Na verdade só conheceram um
imenso cerrado -que na época
se chamava Campo Comprido-
e algumas paróquias e capelas de
jesuítas, construídas naquele
mesmo século 16.
A região permaneceu isolada
por muito tempo, até que, no final
do século 18, os jesuítas foram expulsos, e suas terras, arrematadas
pelo Fisco Real. As terras foram a
leilão e, mais tarde, habitadas.
Nesse período, a maioria da população já chamava a região de
Campo das Perdizes, por causa da
quantidade de perdigões, codornas e perdizes que habitavam o
local. No final do século passado,
esse já era o nome oficial da vila.
Com o crescimento da cidade
-mais intenso no início deste século-, as Perdizes se tornaram
passagem obrigatória, ligando os
moradores da Lapa, da Freguesia
do Ó e de outras vilas da região
noroeste ao centro da capital.
A partir daí, a região foi valorizada, e o número de famílias aumentou, tornando as Perdizes um
dos distritos mais tradicionais.
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