São Paulo, domingo, 31 de outubro de 2010

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Oferta de transporte reduz depreciação

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Imóveis bem atendidos por meios de transporte públicos costumam perder menos valor pela falta de vagas de estacionamento.
Se o imóvel está localizado nos Jardins (zona oeste), por exemplo, a discrepância de preço é mais acentuada, pois não há linhas de metrô nas proximidades, exemplifica Flávio Prando, vice-presidente do Secovi-SP (sindicato do setor imobiliário).
"O fácil acesso a transportes públicos, centros comerciais e universidades é o que pesa na decisão [por um "sem-vaga']", reforça Roseli Hernandes, da Lello.
"O baixo preço atrai quem precisa economizar", aponta Fernando Sita, diretor de vendas da imobiliária Coelho da Fonseca. São unidades procuradas por estudantes ou casais sem filhos.
Com o orçamento apertado, a analista de marketing Milena Espindola, 23, optou por um dois-dormitórios de 52 m2 sem vaga na Bela Vista.
"O preço baixo [R$ 60 mil], o ponto de ônibus em frente ao prédio e a proximidade da estação Masp do Metrô foram os fatores decisivos para a compra", conta Espindola.
Imóveis do mesmo perfil, mas com vaga, diz, custavam R$ 100 mil, "valor que estava acima do que eu dispunha".
"Quanto menor a unidade, menor a desvalorização", avalia Prando. Segundo ele, o mercado exige que um quatro-dormitórios possua no mínimo duas vagas.
Paola Alambart, diretora de marketing da Abyara Brokers, afirma que a depreciação acontece mesmo em imóveis próximos a centros comerciais. "Já deixamos de vender unidades bem localizadas devido à pouca oferta de vagas", revela.
"Mesmo sendo uma região nobre, a falta de vagas desvaloriza os imóveis", diz o aposentado Dalmo de Oliveira Malta, 79, morador de Higienópolis (centro). Ele comprou uma vaga em um empreendimento próximo. "Hoje não compraria um imóvel sem lugar para estacionar."


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