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Oferta de transporte reduz depreciação
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Imóveis bem atendidos
por meios de transporte públicos costumam perder menos valor pela falta de vagas
de estacionamento.
Se o imóvel está localizado
nos Jardins (zona oeste), por
exemplo, a discrepância de
preço é mais acentuada, pois
não há linhas de metrô nas
proximidades, exemplifica
Flávio Prando, vice-presidente do Secovi-SP (sindicato do setor imobiliário).
"O fácil acesso a transportes públicos, centros comerciais e universidades é o que
pesa na decisão [por um
"sem-vaga']", reforça Roseli
Hernandes, da Lello.
"O baixo preço atrai quem
precisa economizar", aponta
Fernando Sita, diretor de
vendas da imobiliária Coelho
da Fonseca. São unidades
procuradas por estudantes
ou casais sem filhos.
Com o orçamento apertado, a analista de marketing
Milena Espindola, 23, optou
por um dois-dormitórios de
52 m2 sem vaga na Bela Vista.
"O preço baixo [R$ 60 mil],
o ponto de ônibus em frente
ao prédio e a proximidade da
estação Masp do Metrô foram
os fatores decisivos para a
compra", conta Espindola.
Imóveis do mesmo perfil,
mas com vaga, diz, custavam
R$ 100 mil, "valor que estava
acima do que eu dispunha".
"Quanto menor a unidade,
menor a desvalorização",
avalia Prando. Segundo ele,
o mercado exige que um quatro-dormitórios possua no
mínimo duas vagas.
Paola Alambart, diretora
de marketing da Abyara Brokers, afirma que a depreciação acontece mesmo em imóveis próximos a centros comerciais. "Já deixamos de
vender unidades bem localizadas devido à pouca oferta
de vagas", revela.
"Mesmo sendo uma região
nobre, a falta de vagas desvaloriza os imóveis", diz o aposentado Dalmo de Oliveira
Malta, 79, morador de Higienópolis (centro). Ele comprou uma vaga em um empreendimento próximo. "Hoje não compraria um imóvel
sem lugar para estacionar."
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