ÓRBITA > Satélite iniciou corrida espacial e inspirou produtos cotidianos

GUSTAVO VILLAS BOAS
DA REPORTAGEM LOCAL

Em 4 de outubro de 1957 o homem entrava na era espacial. O primeiro satélite artificial conquistava a órbita terrestre. Era o Sputnik 1, lançado pela então União Soviética, a partir do Cazaquistão. O sucesso da URSS teve pronta reação nos EUA; as potências travavam a Guerra Fria -e os comunistas largavam na frente na corrida espacial.
Hoje, as pessoas comuns têm acesso ao GPS, ao Google Earth e a previsões climáticas aprimoradas; em 1958, os EUA criaram a Nasa e a Darpa (agência que foi o berço da internet; leia abaixo). Tudo conseqüência do objeto de tamanho próximo ao de uma bola de basquete.
Há um ano, eram mais de 800 satélites operantes, segundo a UCS (união de cientistas preocupados, em português; www.ucsusa.org), que monitora esse tipo de dados.
Uma constelação de cerca de 30 desses equipamentos serve ao norte-americano Sistema de Navegação Global por Satélite, cuja estrela é o GPS -sistema global de posicionamento.
Apesar de administrado pela Força Aérea dos EUA, o sistema é usado por civis em receptores que estão em barcos, carros e até pulsos.
Os aparelhos indicam sua localização, virtualmente, em qualquer ponto do globo, sua velocidade e sua direção; servem para motoristas traçarem rotas, para esportistas medirem desempenho e até para jogos como o geocache (www.geocaching.com. É uma caça ao tesouro; uma pessoa esconde um objeto, cujas coordenadas para encontrá-lo estão na internet). É possível comprar um receptor GPS no Brasil por menos de R$ 500.
Mas utilidades gratuitas não faltam. Por exemplo, os mapas mapas.terra.com.br, maplink.uol.com.br e www.apontador.com.br. Ou o Google Earth (earth.google.com), o sexto programa mais baixado no depósito baixaki.ig.com.br, com cerca de 10 milhões de downloads. E fãs do GEarth podem se preparar. Há duas semanas, um satélite cujo maior cliente é o Google foi lançado com sucesso.


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