São Paulo, quarta-feira, 03 de dezembro de 2008

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Aparelho peca por ser monofuncional

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
EM BERKELEY

Encontrar um aparelho leitor de livro eletrônico não foi fácil. A maioria é vendida apenas na internet, pois a demanda ainda é baixa. Após um périplo pelas grandes lojas de eletrônicos, encontrei um Sony PRS-505, um modelo da segunda geração. Apesar das particularidades de cada aparelho, o PRS-505 proporciona uma idéia do que os leitores são capazes.
O produto é mais leve do que qualquer título em versão impressa. Portanto, a idéia de uma pesada bolsa cheia de livros na hora de viajar já pode se tornar uma idéia antiquada.
A tecnologia E Ink não cansa os olhos por reproduzir bem páginas de papel. Ler algo nesse leitor é mais prazeroso do que em uma tela de laptop.
A E Ink, porém, é uma tecnologia monocromática. Fotos e gráficos no aparelho não são bem reproduzidos. Numa era em que até os jornais possuem páginas coloridas, ficar limitado ao mundo preto-e-branco parece coisa do passado.
Outro elemento que faz com que o leitor de livro eletrônico pareça fadado a se tornar peça de museu é a sua limitação ao seu próprio território. Em tempos em que o iPhone ensina que funções diferentes devem ser integradas, ter um aparelho apenas para ler livros parece estar na contramão da tecnologia. Laptop, celular, iPod... Quem quer carregar tantos aparelhos assim?
O fato de os leitores eletrônicos não possuírem conexão à internet similar à de celulares 3G e serem tão caros quanto eles leva a crer que, se os leitores não mudarem, logo serão absorvidos por aparelhos que oferecem outras funções, principalmente acesso à rede. (BR)


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