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mercado
Analistas comentam acordo da Microsoft
PESO PESADO Unindo forças ao Yahoo!, empresa vai dividir responsabilidades e tentar combater domínio do Google
DA REPORTAGEM LOCAL
Na semana em que Microsoft
e Yahoo! finalmente fecharam
acordo para unir forças e combater o domínio do Google,
analistas do mercado de tecnologia se esforçaram para entender o que virá por aí.
Pelo acordo, a Microsoft e o
Yahoo! vão dividir responsabilidades. A Microsoft, com seu
novo mecanismo Bing, fornecerá os recursos básicos de busca nos sites do Yahoo!, que criará soluções para atrair anunciantes e explorará oportunidades de publicidade.
Os termos do acordo de dez
anos dizem que o Yahoo! vai receber 88% da receita gerada
por buscas a partir de seus próprios sites, durante os primeiros cinco anos. "Ela terá 88% do
lucro e nenhum custo", disse o
presidente-executivo da Microsoft, Steve Ballmer, sobre
Carol Bartz, que desempenha o
mesmo papel no Yahoo!.
A conversa entre as duas empresas vem de longa data. No
ano passado, o Yahoo! havia rejeitado oferta da Microsoft para
compra da empresa por US$
47,5 bilhões.
"Para aqueles que aguardavam ansiosos por uma tomada
de controle, o acordo foi bastante decepcionante", disse à
Reuters Marc Pado, estrategista de mercado norte-americano da Cantor Fitzgerald & Co.
"O acordo de dez anos não é algo ruim. Mas não é tão bom
quanto investidores esperavam."
A Reuters disse ainda que o
prazo de dez anos deve atrair
críticas dos órgãos de regulação
antitruste do governo dos EUA.
O site especializado em tecnologia TechCrunch afirmou
que o acordo terá grande repercussão para o mercado de publicidade on-line, em que ambas as empresas têm peso significativo. No entanto levará meses, se não anos, para que os negócios sejam alinhados.
"Em geral, é algo muito positivo para as duas companhias
que têm enfrentado dificuldades para alcançar o Google. Isso
consolida os recursos e permite
que façam um esforço mais
combinado como a segunda
maior empresa", disse à Reuters Ross Sandler, analista da
RBC Capital Markets.
O "New York Times" disse
que o novo pacto é uma medida
que representa um passo pragmático na divisão de tarefa entre as duas empresas. "Se Yahoo! e Microsoft não podem
convencer as pessoas a mudarem [de mecanismo de busca],
não vão construir um público
maior que trará mais receitas
de anúncios vinculados a buscas", diz texto no site do jornal.
"Esse acordo permite que o
Yahoo! se empenhe no que devemos investir para o futuro
-propriedades de audiência,
espaço para publicidade e experiência móvel de internet.
Nossa visão é ser o centro da vida on-line das pessoas", disse
Carol Bartz.
O Google, que tem 65% do
mercado de busca, contra
29,6% do Yahoo! e 8,4% da Microsoft, de acordo com dados
da comScore, limitou-se a comentar que "há, tradicionalmente, muita concorrência na
internet, e a nossa experiência
é de que a concorrência traz
coisas muito boas para o usuário", disse o porta-voz Adam
Kovacevich.
(DA)
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