São Paulo, quarta-feira, 05 de agosto de 2009

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mercado

Analistas comentam acordo da Microsoft

PESO PESADO Unindo forças ao Yahoo!, empresa vai dividir responsabilidades e tentar combater domínio do Google

DA REPORTAGEM LOCAL

Na semana em que Microsoft e Yahoo! finalmente fecharam acordo para unir forças e combater o domínio do Google, analistas do mercado de tecnologia se esforçaram para entender o que virá por aí.
Pelo acordo, a Microsoft e o Yahoo! vão dividir responsabilidades. A Microsoft, com seu novo mecanismo Bing, fornecerá os recursos básicos de busca nos sites do Yahoo!, que criará soluções para atrair anunciantes e explorará oportunidades de publicidade.
Os termos do acordo de dez anos dizem que o Yahoo! vai receber 88% da receita gerada por buscas a partir de seus próprios sites, durante os primeiros cinco anos. "Ela terá 88% do lucro e nenhum custo", disse o presidente-executivo da Microsoft, Steve Ballmer, sobre Carol Bartz, que desempenha o mesmo papel no Yahoo!.
A conversa entre as duas empresas vem de longa data. No ano passado, o Yahoo! havia rejeitado oferta da Microsoft para compra da empresa por US$ 47,5 bilhões.
"Para aqueles que aguardavam ansiosos por uma tomada de controle, o acordo foi bastante decepcionante", disse à Reuters Marc Pado, estrategista de mercado norte-americano da Cantor Fitzgerald & Co. "O acordo de dez anos não é algo ruim. Mas não é tão bom quanto investidores esperavam."
A Reuters disse ainda que o prazo de dez anos deve atrair críticas dos órgãos de regulação antitruste do governo dos EUA.
O site especializado em tecnologia TechCrunch afirmou que o acordo terá grande repercussão para o mercado de publicidade on-line, em que ambas as empresas têm peso significativo. No entanto levará meses, se não anos, para que os negócios sejam alinhados.
"Em geral, é algo muito positivo para as duas companhias que têm enfrentado dificuldades para alcançar o Google. Isso consolida os recursos e permite que façam um esforço mais combinado como a segunda maior empresa", disse à Reuters Ross Sandler, analista da RBC Capital Markets.
O "New York Times" disse que o novo pacto é uma medida que representa um passo pragmático na divisão de tarefa entre as duas empresas. "Se Yahoo! e Microsoft não podem convencer as pessoas a mudarem [de mecanismo de busca], não vão construir um público maior que trará mais receitas de anúncios vinculados a buscas", diz texto no site do jornal.
"Esse acordo permite que o Yahoo! se empenhe no que devemos investir para o futuro -propriedades de audiência, espaço para publicidade e experiência móvel de internet. Nossa visão é ser o centro da vida on-line das pessoas", disse Carol Bartz.
O Google, que tem 65% do mercado de busca, contra 29,6% do Yahoo! e 8,4% da Microsoft, de acordo com dados da comScore, limitou-se a comentar que "há, tradicionalmente, muita concorrência na internet, e a nossa experiência é de que a concorrência traz coisas muito boas para o usuário", disse o porta-voz Adam Kovacevich. (DA)


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