São Paulo, quarta-feira, 05 de setembro de 2007

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Reportagem de capa

Conheça a televisão que você ainda terá

REQUISITOS - Feira alemã apresenta as novas características dos aparelhos de alta definição, com opções de LCD e plasma

DO ENVIADO ESPECIAL

Prepare seu coração, pois as coisas vão ficar um pouco mais complicadas -mas também melhores. Se você quiser ter o televisor da hora para assistir à próxima Copa, vai ter de conferir se ele é full HD 1.080p, 100 Hz e se tem conector HDMI, para começo de conversa.
Quando for escolher tamanho, então, o limite será quanto você quiser ou puder gastar, pois os aparelhos estão cada vez mais gigantescos.
Bom, melhor então começar entendendo do que está se falando. Esse monte de números acima funcionou como uma espécie de senha para presenciar a IFA 2007, feira internacional de eletrônica de consumo que termina hoje, na Alemanha.
Nos principais estandes, os televisores vinham com essas identificações. As empresas querem mostrar que, agora sim, você tem imagens de alta definição (HD na sigla em inglês), com telas de 1.080 linhas -e não as 720 dos aparelhos LCD ditos "HD ready".
O tal HDMI já aparece em alguns produtos no mercado brasileiro. A sigla significa interface multimídia de alta definição e se refere a um conector de áudio e vídeo digital para substituir o amontoado de conexões existentes (cabos branco, amarelo, vermelho etc.).
Finalmente, a expressão 100 Hz se refere à quantidade de vezes por segundo em que a imagem é escaneada. Também não é uma novidade tecnológica: desde 1986 televisores convencionais, de tubo, têm esse sistema, que evita tremeliques (o chamado "flicker") nas imagens. Os televisores de cristal líquido, porém, vinham com a freqüência de 50 Hz, que agora deverá ser devidamente enterrada. Isso posto, você tem ainda que decidir se vai mesmo comprar uma TV digital LCD ou se vai investir em uma de plasma.

Lá e cá
Em Berlim, a maior quantidade de lançamentos estava no terreno do cristal líquido (LCD), de alta definição e superqualidade sonora. Mas o plasma não ficou atrás.
Empresas como Samsung e Panasonic mostraram que não só não abandonam o plasma como também apresentam modelos novos, de tamanhos grandes (a linha Viera, da Panasonic, por exemplo, apresenta modelos de até 65 polegadas).
Com telas de cristal líquido também é possível apresentar modelos grandes para a vida real (e não só para mostrar em feiras). A linha Bravia X3500 da Sony, por exemplo, tem modelos de 40 a 70 polegadas.
E não é só pelo tamanho e pela qualidade das imagens que as fabricantes de televisores procuram envolver o telespectador. A Philips procura até influir no ambiente em que o sujeito assiste à TV: lançou em Berlim a linha Aurea, que é uma atualização da família Ambilight, que ilumina o entorno da TV de acordo com a cena que está sendo exibida no aparelho.
Se esses televisores todos parecem coisa demais para muitos de nós, espere só pelo que nos reserva o futuro: a Sharp mostrou na feira protótipos de televisores LCD com contraste muito maior do que o atual, espessura de 20 mm, 25 kg e consumo de energia cortado pela metade. (RL)


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