|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
AVALIAÇÃO
Leia teste exclusivo do HP dc7600, primeiro micro do Brasil com o Pentium D, que tem dois núcleos de processamento
Chip duplo só mostra força em multitarefa
BRUNO GARATTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Não parece, mas o avanço dos
microprocessadores tem sido lento. Em 2002, a Intel lançou um
Pentium 4 com freqüência de comutação (clock) de 3 GHz, o que
na época foi um marco tecnológico. Hoje, três anos depois, o processador Pentium D, que é o mais
sofisticado do mercado brasileiro
e foi testado em primeira mão pela Folha, opera nos mesmos 3
GHz. Então o que mudou?
A diferença é que, dentro do
Pentium D, existem dois processadores. Esse tipo de chip, que se
chama dual core (núcleo duplo), é
a grande tendência do mercado.
Como não querem ou não conseguem elevar a freqüência de seus
processadores, Intel, AMD e IBM
apostam tudo nos chips múltiplos: enquanto a AMD já vende
seu Athlon 64 X2, a IBM equipará
com chips toda a próxima geração de videogames, que deve exceder 100 milhões de aparelhos.
Mas o Pentium D é o primeiro
dual core a chegar oficialmente ao
Brasil: na semana passada, Dell e
HP lançaram micros com ele. A
reportagem testou o HP dc7600,
que veio com processador Pentium D de 3 GHz e 1 Gbyte de
RAM -é o mínimo necessário
para que um chip dual core possa
operar sem restrições.
Desempenho
Em performance, o dc7600
mostrou o seguinte: ter um processador dual core só faz diferença quando o micro é usado para
fazer várias coisas ao mesmo tempo. No teste de multitarefa, o segundo núcleo do
Pentium D proporcionou aceleração de aproximadamente 30%
-longe dos 100% que um leigo
poderia esperar, mas um progresso aceitável.
Além disso, o Pentium D proporciona "elasticidade", ou seja, o
PC não fica lento quando você inicia uma tarefa pesada, como a
conversão de um vídeo, pois a
carga de processamento é balanceada entre os dois núcleos. Com
mais de um software rodando, o
dual core faz diferença.
Nos dois outros testes, que foram monotarefa, o chip não foi
tão bem, obtendo meros 10% a
15% de ganho em relação a um
Pentium 4 single core de 3 GHz.
Mesmo tendo demonstrado, ao
menos por enquanto, um ganho
de performance aquém do revolucionário, os chips dual core são
altamente desejáveis, pois tornam
o PC verdadeiramente multitarefa. Se você precisa de potência,
considere um Pentium D ou
Athlon 64 X2 para seu próximo
micro. Vale lembrar que o Pentium D não é o dual core topo de
linha da Intel: esse papel cabe ao
Pentium EE, em que o recurso
Hyper Threading está ativo.
Bonito, mas problemático
Como máquina, o HP dc7600
apresenta severas limitações. Ele
oferece dois slots PCI e um PCI
Express x16 (para instalar uma
placa de vídeo, pois a aceleradora
on-board é uma Intel GMA950,
bem fraca), mas seu belo gabinete
cria um problema. Só comporta
placas de perfil baixo.
Ou seja: as placas PCI comuns,
com espelho (estrutura de fixação) de aproximadamente 12 cm,
não cabem. A HP remedia a situação vendendo componentes compatíveis (a partir de R$ 330 para
uma placa de vídeo).
O micro veio com Windows de
32 bits, mas o processador aceita
64 bits. A HP afirma que fez isso
porque o sistema de 64 bits ainda
não foi traduzido para o português, mas há outro motivo: embora aceite os softwares atuais, o
Windows de 64 bits requer novos
drivers -programas adaptadores-, que não estão disponíveis
para a maioria dos periféricos.
Texto Anterior: Canal aberto - José Antonio Ramalho: Word tem opções para registro de data Próximo Texto: Dell também lança máquina com o processador Índice
|