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Invasão de microchips
TODD LEWAN
DA ASSOCIATED PRESS
Em um futuro não muito distante, microchips com antenas
integrarão quase tudo que você
comprar, vestir, dirigir e ler,
permitindo às empresas e aos
órgãos de segurança acompanharem a movimentação dos
bens de consumo -e, por extensão, dos consumidores- em
qualquer lugar, à distância.
Uma rede mundial e sem buracos formada por "farejadores" eletrônicos escaneará dispositivos de radiofreqüência
em vários locais públicos, identificando instantaneamente as
pessoas e suas preferências, alvos imediatos de anúncios feitos sob medida.
Em casas inteligentes, sensores colocados nas paredes, no
assoalho e em eletrodomésticos manterão um inventário,
registrarão hábitos alimentares e vão monitorar o uso de
medicamentos. Ao mesmo
tempo, como espiões, enviarão
dados para agências de marketing ávidas por dar uma espiada
na vida dos cidadãos comuns.
Parece coisa de ficção científica, mas grande parte da tecnologia de identificação por freqüência de rádio (RFID, na sigla em inglês), que permite a
marcação de pessoas e objetos
a fim de que sejam rastreados,
já existe. Novos e potencialmente invasivos modos de uso
dela estão sendo patenteados,
aperfeiçoados ou adotados.
A RFID combina computadores altamente miniaturizados com antenas de rádio a fim
de transmitir para empresas de
bancos de dados informações
sobre a venda de produtos e sobre os compradores.
Atualmente, há microchips
desse tipo dentro de algumas
impressoras de computador,
chaves e pneus de carro, na
tampa de xampus e em etiquetas de roupas vendidas em lojas
de departamento. Eles também
se fazem presentes nos livros
de bibliotecas e em cartões de
pagamento que não entram em
contato físico com as maquininhas de leitura -como o Blue,
da American Express.
Aumentam a eficiência dos
controles e combatem os furtos. Em contrapartida, podem
facilitar o controle da população por órgãos governamentais
e o acesso indevido a informações privadas. Nesta edição,
saiba mais sobre esse sistema.
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