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São Paulo, quarta-feira, 06 de agosto de 2003

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Conselho Federal é contra a prática

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma busca no Google (www.google.com) com as palavras-chave "farmácia on-line" traz como resultado 501 sites na última segunda-feira. Descartando os inválidos, muitos são os endereços que vendem medicamentos pela internet.
No entanto o Conselho Federal de Farmácia (CFF) é contra a venda de remédios pela rede. "Isso porque essas farmácias padecem da segurança que só um farmacêutico pode dar ao consumidor", diz Jaldo de Souza Santos, presidente do órgão.
Ele relaciona o comércio pela rede com a venda de medicamentos por telefone, o que seria melhor, "pois, neste último caso, o profissional ainda consegue identificar se quem está comprando é uma criança ou um hipocondríaco, por exemplo. Existe o calor humano".
A diferença entre o serviço on-line e o pedido por telefone é que não há sinal de ocupado, além de o internauta poder escolher com paciência e até mesmo ver o produto que vai comprar.
O site www.farmaciadeodoro. com.br fornece consulta on-line dos remédios e seus preços, mas o pedido deve ser feito pelo telefone. Assim também atua o site www.drogabel.com.br, que possui seção Pergunte ao farmacêutico, para esclarecimento de dúvidas sobre medicamentos.
O site www.mercadobr.com/afarmaciavirtual, além de medicamentos, também vende produtos de higiene pessoal e de beleza.
Em www.farmaciavita.com.br, é possível encontrar de medicamentos a produtos hospitalares. A entrega é por correio.

Controle
Alguns medicamentos não são vendidos nem com a troca da receita no momento da entrega. É o caso do Tramal, contra dor. Ao digitar o nome do remédio no site www.fec.com.br e selecioná-lo para efetuar a compra, uma mensagem aparece informando que o produto não pode ser vendido pela internet, de acordo com resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Já o site www.drogasmil.com.br informa que é necessária a retenção da receita para efetuar a compra desse medicamento.
Porém foi com facilidade que a reportagem encomendou o mesmo medicamento no site www2. farmaciasirmadulce.com.br, que entrega somente na região metropolitana de Natal. Procurado pela Folha, o proprietário da farmácia Irmã Dulce, Rodrigues Silva, alegou defeito técnico no site (por não ter exigido receita). "Sempre exigimos ela [receita]. Com certeza foi um problema na parte técnica do site", desculpou-se, prometendo que, em breve, correções seriam efetuadas.
(ANA PAULA DE OLIVEIRA)


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