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Golpistas vendem celulares falsos no interior de São Paulo
BRUNO ROMANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
No Vale do Paraíba, região do
interior de São Paulo, golpistas
vendem "celulares de brinquedo" como se fossem aparelhos
telefônicos de verdade. As vítimas são abordadas na rua, restaurantes e estacionamentos
de shoppings e supermercados.
A grande armadilha é o preço
oferecido pelos produtos, muito abaixo do mercado.
Uma das vítimas é um jovem
de 17 anos, que não quis ser
identificado, de Jacareí, cidade
a 84km de São Paulo.
Ele conta que estava conversando com amigos em uma rua
do bairro onde mora, o Jardim
Santa Maria, quando um carro
com três homens "bem vestidos" parou e um deles fez a
oferta de venda pelos celulares
falsos. O preço: R$ 200 por cerca de vinte aparelhos.
Mesmo com a desconfiança
dos amigos, o jovem comprou
dois celulares por R$ 10 cada.
Para convencê-lo da compra, os
golpistas mostravam um aparelho verdadeiro em funcionamento, idêntico ao que seria
vendido.
Porém, ao perceber que o celular não funcionava, o jovem
decidiu abrir os aparelhos e
descobriu que dentro havia
apenas uma barra de ferro de
50 gramas. Um celular, em média, pesa cem gramas.
Procurado pela reportagem,
o delegado-seccional de Jacareí, Tales Prado Pinto, disse
que a polícia está investigando
os casos, mas que não tem mais
informações.
A advogada Lilyani Peixoto
diz que o golpe do celular de
brinquedo trata-se de crime de
estelionato e outras fraudes,
com pena entre um e cinco
anos de reclusão mais multa.
50
gramas é o peso da barra metálica
usada pelos golpistas para maquiar
os celulares de brinquedo, que são
carcaças ocas de plástico. A barra é
colocada no compartimento onde
normalmente um aparelho verdadeiro leva a sua bateria e é presa com fita adesiva. Um celular pesa, em média, cem gramas
R$ 200
foi o preço oferecido por golpistas a
um grupo de amigos em Jacareí, cidade no interior de São Paulo, para
que comprassem cerca de 20 telefones celulares de "brinquedo" como
se fossem aparelhos verdadeiros em
funcionamento. Outros golpes na região envolvem câmeras fotográficas
e filmadoras
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