São Paulo, quarta-feira, 07 de abril de 2010

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Golpistas vendem celulares falsos no interior de São Paulo

BRUNO ROMANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

No Vale do Paraíba, região do interior de São Paulo, golpistas vendem "celulares de brinquedo" como se fossem aparelhos telefônicos de verdade. As vítimas são abordadas na rua, restaurantes e estacionamentos de shoppings e supermercados. A grande armadilha é o preço oferecido pelos produtos, muito abaixo do mercado.
Uma das vítimas é um jovem de 17 anos, que não quis ser identificado, de Jacareí, cidade a 84km de São Paulo.
Ele conta que estava conversando com amigos em uma rua do bairro onde mora, o Jardim Santa Maria, quando um carro com três homens "bem vestidos" parou e um deles fez a oferta de venda pelos celulares falsos. O preço: R$ 200 por cerca de vinte aparelhos.
Mesmo com a desconfiança dos amigos, o jovem comprou dois celulares por R$ 10 cada. Para convencê-lo da compra, os golpistas mostravam um aparelho verdadeiro em funcionamento, idêntico ao que seria vendido.
Porém, ao perceber que o celular não funcionava, o jovem decidiu abrir os aparelhos e descobriu que dentro havia apenas uma barra de ferro de 50 gramas. Um celular, em média, pesa cem gramas.
Procurado pela reportagem, o delegado-seccional de Jacareí, Tales Prado Pinto, disse que a polícia está investigando os casos, mas que não tem mais informações.
A advogada Lilyani Peixoto diz que o golpe do celular de brinquedo trata-se de crime de estelionato e outras fraudes, com pena entre um e cinco anos de reclusão mais multa.

50
gramas é o peso da barra metálica usada pelos golpistas para maquiar os celulares de brinquedo, que são carcaças ocas de plástico. A barra é colocada no compartimento onde normalmente um aparelho verdadeiro leva a sua bateria e é presa com fita adesiva. Um celular pesa, em média, cem gramas

R$ 200
foi o preço oferecido por golpistas a um grupo de amigos em Jacareí, cidade no interior de São Paulo, para que comprassem cerca de 20 telefones celulares de "brinquedo" como se fossem aparelhos verdadeiros em funcionamento. Outros golpes na região envolvem câmeras fotográficas e filmadoras


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