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Projeto nos EUA propõe ampliar poder de presidente sobre a rede
BRUNO ROMANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE BERKELEY
Entre as propostas que circulam no legislativo dos EUA,
uma aumentaria o poder do
presidente sobre a rede, enquanto a outra tiraria poder de
governos estrangeiros.
O Cybersecurity Act de 2009,
introduzido em abril no Senado, daria poderes ao presidente
para desconectar da rede computadores públicos e privados
frente a uma "crise de cibersegurança". Sem nenhuma amarra judicial ou do Congresso, o
presidente poderia ordenar
que os grandes provedores retirassem da rede seus usuários
em caso de uma crise.
Para a Electronic Frontier
Foundation, a proposta "não
resolve problemas de segurança" e tem "potencial para enfraquecer a privacidade na rede".
No fim de junho, uma representante do comitê de comércio, ciência e transporte do Senado respondeu às críticas. Ela
disse que a linguagem da proposta é "imperfeita" e que seus
autores aguardam sugestões.
Enquanto isso, os deputados
trabalham em uma proposta
que diminuiria o poder de governos estrangeiros sobre empresas americanas de tecnologia que atuam fora do país.
Com o Gofa (Global Online
Freedom Act), as empresas seriam proibidas de entregar diretamente dados de seus usuários em outros países aos governos locais. Para que isso
acontecesse, o Departamento
de Justiça dos EUA teria que
validar o pedido como "legítimo para o cumprimento da lei".
A proposta mira países conhecidos por práticas restritivas aos seus internautas. Mas,
se o seu princípio fosse aplicado a todos, gente no Orkut investigada no Brasil, por exemplo, teria seus dados entregues
à polícia brasileira somente
após aprovação dos EUA. O Gofa ainda não foi discutido na
Câmara dos Representantes.
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