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Propagandas em vídeos são desprezadas pelo internauta
DA ASSOCIATED PRESS
Frank Harper sabe bem que
todos esses clipes de vídeo gratuitos existentes na internet
têm um preço, cobrado na forma de anúncios. Mas isso não
significa que ele fique impassível enquanto vídeos de propaganda antecedem os clipes que
costuma ver diariamente.
"Na maioria deles, eu simplesmente tiro o volume", afirmou Harper, 55, que dirige uma
consultoria em segurança. "Ou
eu simplesmente olho para outra coisa, leio outra notícia..."
Tanto os profissionais da
área de marketing quanto os da
de internet esforçam-se para
levar à rede mundial de computadores anúncios parecidos
com os da televisão sem afastar
os espectadores, conforme costuma acontecer no caso da TV.
Os gastos com os anúncios
em vídeo on-line representam
menos de 4% de toda a propaganda veiculada na internet e
apenas 1% do montante gasto
na TV, afirmou a eMarketer.
No entanto, prevê-se um crescimento - nos EUA, os gastos
triplicarão até 2011, atingindo
um total de US$ 4,3 bilhões-,
especialmente à medida que
mais pessoas começarem a ver
séries e vídeos no computador.
O desafio consiste em encontrar a fórmula adequada -na
postura criativa, no formato ou
na freqüência com que os
anúncios aparecem- de modo
que os visitantes dos sites vejam as peças de propaganda
sem ficarem enfadados a ponto
de nunca mais voltarem.
"Usuários adoram o conteúdo gratuito e anunciantes adoram preencher todos os minutos e pixels com suas mensagens. Os responsáveis precisam
encontrar um equilíbrio", disse
Geoffrey Coco, executivo de
marketing da Microsoft.
Até agora, os resultados mostraram-se medianos. Os espectadores "ficam clicando na barra de status, tentando mudar de
página ou avançar o vídeo", disse Jonathan Sackett, diretor-executivo da agência de publicidade Arnold Worldwide. Estudos mostram que muitos
consumidores abandonam os
vídeos se um anúncio aparece.
Especialistas do setor afirmam que os formatos alternativos poderiam funcionar com os
clipes mais curtos. Os anunciantes terão de descobrir como convencer os usuários a clicarem nas propagandas. Eles
vão dispor de apenas alguns segundos para fazer com que sua
mensagem apele ao consumidor. As questões se reduzem,
no final das contas, a oferecer
aos espectadores controle e engajamento via interatividade.
Tradução de RODRIGO CAMPOS CASTRO
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