São Paulo, quarta-feira, 09 de abril de 2008

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Propagandas em vídeos são desprezadas pelo internauta

DA ASSOCIATED PRESS

Frank Harper sabe bem que todos esses clipes de vídeo gratuitos existentes na internet têm um preço, cobrado na forma de anúncios. Mas isso não significa que ele fique impassível enquanto vídeos de propaganda antecedem os clipes que costuma ver diariamente.
"Na maioria deles, eu simplesmente tiro o volume", afirmou Harper, 55, que dirige uma consultoria em segurança. "Ou eu simplesmente olho para outra coisa, leio outra notícia..."
Tanto os profissionais da área de marketing quanto os da de internet esforçam-se para levar à rede mundial de computadores anúncios parecidos com os da televisão sem afastar os espectadores, conforme costuma acontecer no caso da TV.
Os gastos com os anúncios em vídeo on-line representam menos de 4% de toda a propaganda veiculada na internet e apenas 1% do montante gasto na TV, afirmou a eMarketer.
No entanto, prevê-se um crescimento - nos EUA, os gastos triplicarão até 2011, atingindo um total de US$ 4,3 bilhões-, especialmente à medida que mais pessoas começarem a ver séries e vídeos no computador.
O desafio consiste em encontrar a fórmula adequada -na postura criativa, no formato ou na freqüência com que os anúncios aparecem- de modo que os visitantes dos sites vejam as peças de propaganda sem ficarem enfadados a ponto de nunca mais voltarem.
"Usuários adoram o conteúdo gratuito e anunciantes adoram preencher todos os minutos e pixels com suas mensagens. Os responsáveis precisam encontrar um equilíbrio", disse Geoffrey Coco, executivo de marketing da Microsoft.
Até agora, os resultados mostraram-se medianos. Os espectadores "ficam clicando na barra de status, tentando mudar de página ou avançar o vídeo", disse Jonathan Sackett, diretor-executivo da agência de publicidade Arnold Worldwide. Estudos mostram que muitos consumidores abandonam os vídeos se um anúncio aparece.
Especialistas do setor afirmam que os formatos alternativos poderiam funcionar com os clipes mais curtos. Os anunciantes terão de descobrir como convencer os usuários a clicarem nas propagandas. Eles vão dispor de apenas alguns segundos para fazer com que sua mensagem apele ao consumidor. As questões se reduzem, no final das contas, a oferecer aos espectadores controle e engajamento via interatividade.


Tradução de RODRIGO CAMPOS CASTRO


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