|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Continuam as demissões em empresas do Vale do Silício
BRUNO ROMANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
EM BERKELEY
Após o feriado norte-americano do Dia de Ação de
Graças, no final de novembro, o Vale do Silício, região
dos EUA que concentra empresas de alta tecnologia,
voltou a receber uma enxurrada de números negativos.
A empresa de softwares
Adobe, que produz o Photo-
shop, anunciou no dia 3 a demissão de 600 funcionários,
o que corresponde a 8% da
sua força de trabalho. Segundo a empresa, as demissões
ocorreram devido ao desaquecimento da economia
mundial e à demanda mais
baixa do que a esperada pelo
Creative Suite 4.
Além disso, a empresa reduziu suas expectativas de
lucro para seu atual trimestre fiscal. A Adobe espera ter
vendas entre US$ 800 milhões e US$ 850 milhões, valor abaixo dos US$ 931 milhões já projetados.
Pouco mais de duas semanas antes das demissões,
Shantanu Narayen, diretor-executivo da Adobe, dizia em
entrevista ao jornal "San
Francisco Chronicle" que a
Adobe se encontrava "forte"
apesar da recessão.
Outra empresa do Vale do
Silício a divulgar números
ruins foi a AMD. A fabricante
de chips, um dos setores tecnológicos mais afetados com
a crise, anunciou que as vendas do quarto trimestre devem ficar 25% mais baixas
em relação ao trimestre passado. Neste ano, a empresa já
demitiu 1.600 funcionários.
Mas o maior número de
demissões após o feriado foi
o da AT&T, maior empresa
de telefonia dos EUA que detém os direitos exclusivos do
serviço telefônico do iPhone.
A empresa anunciou que irá
dispensar 12 mil funcionários do seu quadro, em um
plano que começa agora e
continua em 2009. O número representa 4% dos funcionários da empresa.
Enquanto isso, o instituto
de análises IDC prevê desaceleração no mercado mundial de computadores pessoais. De acordo com o instituto, a remessa global de PCs
deve crescer apenas 3,8% em
2009, com valores caindo em
5,3%. O IDC diz que mercados emergentes, que incluem o Brasil, estarão entre
os mais afetados a curto prazo no que diz respeito à compra de computadores.
Texto Anterior: Supercomputador agora cabe na sua mesa Próximo Texto: Otimismo: Em tempos de crise, Motorola vê oportunidade, diz executiva Índice
|