São Paulo, quarta-feira, 11 de março de 2009

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reportagem de capa

Pesquisa alemã projeta banheiro hi-tech

FUTUROLOGIA >> Organização científica mostra em Hannover projetos que poderão ajudar o homem em tarefas cotidianas

DO ENVIADO ESPECIAL A HANNOVER

Trocar de roupa, andar de carro, ir ao banheiro, fazer um simples catálogo de fotos: nada disso será o mesmo no futuro se depender das pesquisas realizadas pela organização científica alemã Fraunhofer-Gesellschaft, que mostrou na Cebit algumas de suas invenções.
As mudanças começam logo nas atividades matinais. Um espelho de banheiro com tela sensível ao toque lembra o usuário sonolento de alguma ação higiênica básica que tenha sido deixada para trás, como lavar as mãos ou escovar os dentes.
O sistema pode ser programado pelo usuário com suas atividades mais frequentes, mas também consegue fazer relações entre algumas atividades -se a pessoa ligou a torneira, mas esqueceu de acionar o sabonete, o InBath, desenvolvido pelo Fraunhofer IMS, dá o aviso.
Já o Heinrich Hertz Institute desenvolveu um espelho virtual que simula a imagem da pessoa em diferentes roupas -o aparelho imita até a flexibilidade do tecido.
O espelho, ainda em fase de protótipo, transmite uma imagem 3D captada com a ajuda de uma câmera em seu topo.
Os movimentos da pessoa são gravados em tempo real e armazenados por um computador, que funde as informações sobre o usuário e a roupa escolhida e forma a imagem tridimensional. Por meio de uma tela sensível ao toque, é possível escolher diferentes cores, estampas e modelos.

Alegria e tristeza
Para facilitar a produção de slideshows no computador, o instituto Fraunhofer IDMT propõe o Mood Player, que escolhe as músicas para uma apresentação com base no que ele "vê" nas fotos dos usuários.
O sistema organiza a entrada das canções de forma que elas combinem com o clima das imagens escolhidas pela pessoa, classificando-o como eufórico, relaxado ou melancólico, por exemplo. Essa distinção é feita com base em fatores como a combinação de cores e texturas existentes nas fotos. Já os sons são analisados a partir de tom, ritmo, instrumentos e características da voz do artista.
Também na linha da identificação pessoal, o Institut Integrierte Schaltungen mostrou um sistema que supostamente reconhece o humor das pessoas quando elas olham para uma câmera, por meio das expressões faciais, em pontos como a posição das sobrancelhas.
Para desenvolver o programa, os pesquisadores usaram 30 mil fotos. O humor é classificado segundo níveis de raiva, felicidade, tristeza e surpresa, entre outros. O objetivo é usar a ferramenta em pesquisas publicitárias para medir a aceitação por parte do público. Entretanto é bastante fácil enganar a máquina: basta fazer expressões faciais forçadas, como um sorriso, para ser classificado como feliz, o que nem sempre é verdade. (FELIPE MAIA)


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