São Paulo, quarta-feira, 11 de março de 2009

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Feira menor demonstra impacto da crise

DO ENVIADO ESPECIAL

O atual momento econômico gerou tensão na Cebit. Se, no ano passado, a ordem era preservar o ambiente e estruturar estratégias para crescer em um mercado competitivo e em expansão, neste ano a expressão "corte de gastos" estava entre as mais usadas na feira.
O setor de tecnologia tem sido afetado fortemente pelo cenário econômico. Segundo dados da consultoria IDC, as vendas mundiais de PCs caíram 1,9% no quarto trimestre de 2008, após quase cinco anos de crescimento ininterrupto -para 2009, a expectativa é de uma queda de mais de 8%. Dados da empresa preveem que os gastos com TI (tecnologia da informação) vão crescer apenas 0,5% neste ano -a estimativa anterior, feita em novembro, era de alta de 2,6%, o que indica que a situação se deteriora rápido.
Já na cerimônia de abertura, realizada um dia antes de a Cebit ser inaugurada para o público, a apreensão era aparente. Líderes locais e internacionais subiam ao palco para pedir que as empresas não deixassem de investir em tecnologia. "Temos de fazer investimentos de longo prazo em tecnologia e informação, e a Cebit é uma parte importante disso", afirmou a chanceler alemã, Angela Merkel, em discurso.
"O desenvolvimento tecnológico não para nunca. Investir em tecnologia é o modo de sair da recessão", ajudou Craig Barrett, presidente do conselho de administração da Intel.

Encolhida
Neste ano, a Cebit recebeu 1.545 expositores a menos do que no ano passado: em 2009, foram 4.300 empresas de 69 países, enquanto, em 2008, haviam sido 5.845 expositores de 77 países. Com isso, o evento diminuiu de tamanho -áreas foram cobertas com tapume para concentrar os expositores e evitar setores vazios.
A exposição ocupou 200 mil metros quadrados, contra os 240 mil metros quadrados do ano passado. (FM)


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