São Paulo, quarta-feira, 11 de agosto de 2004

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Enredo batido é compensado pela boa qualidade visual do game

ESPECIAL PARA A FOLHA

A Union Aerospace Corporation (UAC), estação de pesquisa localizada em Marte, está passando por sérias dificuldades -a invasão de uma horda de monstros vinda direto de um portal do inferno. Cabe a um fuzileiro naval, em pleno século 22, a ingrata tarefa de livrá-la dessa ameaça.
Definitivamente, originalidade não é o forte do enredo de Doom 3, que, em compensação, dá um banho em termos de tecnologia, principalmente nos gráficos e na movimentação dos personagens.
Por causa das freqüentes panes elétricas, são raros os momentos em que é possível enxergar com clareza o que está ao redor do jogador. Curiosamente, o fuzileiro não é capaz de segurar uma lanterna e uma arma ao mesmo tempo nem existem armas com lanternas adaptadas ou óculos de visão noturna. O fuzileiro carrega uma espécie de PDA, computador pessoal portátil, com o qual pode transferir dados de terminais ou mesmo de PDAs de outras pessoas, que dão pistas a respeito do que está acontecendo.

Gráficos e trilha sonora
Doom 3 apresenta os melhores gráficos já vistos em um jogo eletrônico. É difícil não ficar boquiaberto com a qualidade dos efeitos de iluminação e sombra que, em ambientes fechados, criam uma espécie de clima claustrofóbico.
O realismo na movimentação dos personagens é quase impecável. Caixas e computadores podem ser movimentados com empurrões, mas a interação poderia ser melhor, já que muitos objetos não reagem a disparos.
A trilha sonora carece de músicas, mas usa e abusa dos efeitos sonoros, desde agoniados pedidos de socorro vindos de lugares próximos até os sussurros das criaturas demoníacas.
Se o assunto é desafio, Doom 3 não impressiona -pelo menos no nível de dificuldade normal. Embora alguns inimigos persigam o jogador implacavelmente e outros saibam se esquivar dos tiros com agilidade, a inteligência artificial das criaturas deixa a desejar. Alguns dos inimigos vieram de versões anteriores da série, devidamente remodelados. O arsenal não é muito criativo, mas a motosserra garante momentos nostálgicos para os fãs de Doom.
Se a campanha é capaz de proporcionar boas horas de diversão, o modo multijogador não é dos mais atraentes: só são permitidos quatro jogadores se enfrentando. O pior é a ausência do modo cooperativo, mas é questão de tempo até surgir um mod (expansão) que corrija esse detalhe.
No Brasil, Doom 3 será distribuído a partir de 27 de agosto. Até lá, pode-se comprar a versão original em lojas virtuais como a Amazon (www.amazon.com), onde ela custa US$ 55, fora impostos e despesas de envio. Para jogar Doom 3, é preciso um Pentium 4 de 1,5 GHz ou equivalente, 384 Mbytes de RAM, CD-ROM 8x, 1,7 Gbyte de disco rígido, placa de vídeo de 64 Mbytes e sistema Windows 2000 ou XP.


Théo Azevedo é editor do site www.theogames.com.br


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