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Enredo batido é compensado pela boa qualidade visual do game
ESPECIAL PARA A FOLHA
A Union Aerospace Corporation (UAC), estação de pesquisa
localizada em Marte, está passando por sérias dificuldades -a invasão de uma horda de monstros
vinda direto de um portal do inferno. Cabe a um fuzileiro naval,
em pleno século 22, a ingrata tarefa de livrá-la dessa ameaça.
Definitivamente, originalidade
não é o forte do enredo de Doom
3, que, em compensação, dá um
banho em termos de tecnologia,
principalmente nos gráficos e na
movimentação dos personagens.
Por causa das freqüentes panes
elétricas, são raros os momentos
em que é possível enxergar com
clareza o que está ao redor do jogador. Curiosamente, o fuzileiro
não é capaz de segurar uma lanterna e uma arma ao mesmo tempo nem existem armas com lanternas adaptadas ou óculos de visão noturna. O fuzileiro carrega
uma espécie de PDA, computador pessoal portátil, com o qual
pode transferir dados de terminais ou mesmo de PDAs de outras
pessoas, que dão pistas a respeito
do que está acontecendo.
Gráficos e trilha sonora
Doom 3 apresenta os melhores
gráficos já vistos em um jogo eletrônico. É difícil não ficar boquiaberto com a qualidade dos efeitos
de iluminação e sombra que, em
ambientes fechados, criam uma
espécie de clima claustrofóbico.
O realismo na movimentação
dos personagens é quase impecável. Caixas e computadores podem ser movimentados com empurrões, mas a interação poderia
ser melhor, já que muitos objetos
não reagem a disparos.
A trilha sonora carece de músicas, mas usa e abusa dos efeitos
sonoros, desde agoniados pedidos de socorro vindos de lugares
próximos até os sussurros das
criaturas demoníacas.
Se o assunto é desafio, Doom 3
não impressiona -pelo menos
no nível de dificuldade normal.
Embora alguns inimigos persigam o jogador implacavelmente e
outros saibam se esquivar dos tiros com agilidade, a inteligência
artificial das criaturas deixa a desejar. Alguns dos inimigos vieram
de versões anteriores da série, devidamente remodelados. O arsenal não é muito criativo, mas a
motosserra garante momentos
nostálgicos para os fãs de Doom.
Se a campanha é capaz de proporcionar boas horas de diversão,
o modo multijogador não é dos
mais atraentes: só são permitidos
quatro jogadores se enfrentando.
O pior é a ausência do modo cooperativo, mas é questão de tempo
até surgir um mod (expansão)
que corrija esse detalhe.
No Brasil, Doom 3 será distribuído a partir de 27 de agosto. Até
lá, pode-se comprar a versão original em lojas virtuais como a
Amazon (www.amazon.com),
onde ela custa US$ 55, fora impostos e despesas de envio. Para
jogar Doom 3, é preciso um Pentium 4 de 1,5 GHz ou equivalente,
384 Mbytes de RAM, CD-ROM
8x, 1,7 Gbyte de disco rígido, placa
de vídeo de 64 Mbytes e sistema
Windows 2000 ou XP.
Théo Azevedo é editor do site
www.theogames.com.br
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