São Paulo, quarta-feira, 12 de maio de 2004

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TODOS OS SENTIDOS

Joysticks tremem para dar realismo a games, e mouses simulam textura do que está na tela do micro

Acessórios estimulam o tato de usuários

FERNANDO BADÔ
FREE-LANCE PARA A FOLHA

A corrida está tensa e o volante está indócil em suas mãos, tremendo cada vez que o carro passa sobre um buraco.
Detalhe: não se trata de uma corrida real, mas de um jogo para micros. Controles que vibram são um exemplo de como a tecnologia pode estimular o tato.
Diversos fabricantes oferecem esse tipo de controle. A Logitech tem a linha Force Feedback, composta pelo joystick Force 3D, modelo do tipo manche (R$ 369), e pelo Momo Racing, do tipo volante (R$ 799). Você pode conferir locais onde adquiri-los no site www.belnustec.com.br.
O impacto das ondas sonoras com a cabeça também causa um tipo de reação sensível pelo tato. Quem quiser sentir uma simulação dessa sensação durante jogos, pode optar pelos fones de ouvido Microphone Vibration (R$ 97; www.leadership.com.br), que possuem sensores vibratórios ativados pelos sons graves e dois níveis de sensibilidade de vibração.

Primeiras tentativas
Em 2000, a Logitech lançou no mercado um mouse revolucionário: o iFeel (algo como "eu sinto", em português). Era um mouse que vibrava em determinadas situações, como quando o usuário, navegando pela internet, passava o cursor sobre um atalho que levasse a outra página ou ao down- load de um arquivo. Também simulava texturas quando passava por determinados elementos na tela. Com três botões, tinha versões para destros e canhotos e custava US$ 40.
Um modelo com design diferenciado, o iFeel MouseMan, incluía um quarto botão para o dedo polegar e custava US$ 60. O pioneirismo não sensibilizou usuários e, alegando fraca demanda, a fabricante optou por retirar o iFeel do mercado.

Treinamento médico
Simulações de tato também apresentam aplicações científicas e didáticas, caso do broncoscópio virtual, simulador de garganta para que estudantes de medicina da escola de medicina Mount Sinai, em Nova York, não treinem exames de endoscopia em pacientes reais. Um monitor exibe o exame simulado e, caso os estudantes cometam erros, o programa reage com tosses, sangramentos e gemidos de dor virtuais.


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