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TODOS OS SENTIDOS
Joysticks tremem para dar realismo a games, e mouses simulam textura do que está na tela do micro
Acessórios estimulam o tato de usuários
FERNANDO BADÔ
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A corrida está tensa e o volante
está indócil em suas mãos, tremendo cada vez que o carro passa
sobre um buraco.
Detalhe: não se trata de uma
corrida real, mas de um jogo para
micros. Controles que vibram são
um exemplo de como a tecnologia pode estimular o tato.
Diversos fabricantes oferecem
esse tipo de controle. A Logitech
tem a linha Force Feedback, composta pelo joystick Force 3D, modelo do tipo manche (R$ 369), e
pelo Momo Racing, do tipo volante (R$ 799). Você pode conferir
locais onde adquiri-los no site
www.belnustec.com.br.
O impacto das ondas sonoras
com a cabeça também causa um
tipo de reação sensível pelo tato.
Quem quiser sentir uma simulação dessa sensação durante jogos,
pode optar pelos fones de ouvido
Microphone Vibration (R$ 97;
www.leadership.com.br), que
possuem sensores vibratórios ativados pelos sons graves e dois níveis de sensibilidade de vibração.
Primeiras tentativas
Em 2000, a Logitech lançou no
mercado um mouse revolucionário: o iFeel (algo como "eu sinto",
em português). Era um mouse
que vibrava em determinadas situações, como quando o usuário,
navegando pela internet, passava
o cursor sobre um atalho que levasse a outra página ou ao down-
load de um arquivo. Também simulava texturas quando passava
por determinados elementos na
tela. Com três botões, tinha versões para destros e canhotos e
custava US$ 40.
Um modelo com design diferenciado, o iFeel MouseMan, incluía um quarto botão para o dedo polegar e custava US$ 60. O
pioneirismo não sensibilizou
usuários e, alegando fraca demanda, a fabricante optou por retirar o iFeel do mercado.
Treinamento médico
Simulações de tato também
apresentam aplicações científicas
e didáticas, caso do broncoscópio
virtual, simulador de garganta para que estudantes de medicina da
escola de medicina Mount Sinai,
em Nova York, não treinem exames de endoscopia em pacientes
reais. Um monitor exibe o exame
simulado e, caso os estudantes cometam erros, o programa reage
com tosses, sangramentos e gemidos de dor virtuais.
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