DO ENVIADO ESPECIAL A BARCELONA

Nada como o mundo da telefonia celular para mostrar a convergência de tecnologias. O aparelhinho, além de virar TV, também funciona como GPS e há muito tempo é câmera digital, entre outras funções.
Por isso mesmo, é uma espécie de território livre para o ataque de empresas das mais diversas origens.
No final de janeiro, por exemplo, a Garmin, mais conhecida pelos sistemas de GPS que produz -tem também produtos para monitar o desempenho de corredores e ciclistas- entrou de cabeça na produção de telefones.
Lançou logo um com tela sensível ao toque, já que essa parece ser a meca dos que querem demonstrar estar no terreno high-tech.
Trata-se do nüvifone, que também foi demonstrado no Mobile World Congress. E faz o básico: telefona, navega pela internet e, claro, é um GPS.
O maior atrativo, para quem não agüenta mais se atrapalhar com as teclinhas minúsculas dos celulares em geral, são os ícones grandes, também básicos: a tela de abertura traz apenas três imagens, cada uma ligada a uma das funções elementares do aparelho.
Se a Garmin é exemplo de empresa que cruza a fronteira para o celular, do Japão vem um exemplo, inverso, de uma companhia que vem para o mercado de saúde e boa forma móvel, digamos assim, partindo do mundo da telefonia tradicional.
Trata-se da DoCoMo, a gigante nipônica dos celulares, que demonstrou em seu estande um singular protótipo de telefone que é um verdadeiro monitor da saúde e da performance do usuário.
Numa mesma embalagem, o aparelho traz um podômetro (calcula distâncias percorridas em corridas ou caminhadas), um monitor de freqüência cardíaca e um medidor da taxa de gordura corporal. O celular da boa forma, como foi apelidado o dispositivo, até verifica o hálito do usuário.
Algumas das funções podem ser combinadas com o toca-MP3 do aparelho: o usuário estabelece a distância que quer percorrer ou as calorias que pretenda gastar e vai ouvindo música enquanto faz seu exercício. (RL)


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