DA REPORTAGEM LOCAL

Se a arte passa por mudanças trazidas pelo uso de novas tecnologias, as galerias e museus também sofrem as suas metamorfoses. Espaços de exposição migram das salas para a internet, permitindo que as obras possam ser acessadas por interessados do mundo todo.
Quem quiser dar uma espiada no acervo do Louvre pode consultar www.louvre.fr, que também oferece o canal Museum Lab, com conteúdos e atividades relacionadas às exposições, além de "tours" virtuais pelo museu.
O Museu de Arte Moderna de Nova York (www.moma.org) oferece acesso on-line a seus guias de áudio, além de um passeio virtual pelas obras e um canal de cartões digitais para serem enviados por e-mail.
O site do Hermitage, de São Petersburgo, na Rússia (www.hermitagemuseum.org), oferece imagens em alta resolução das coleções de joalheria, vestuário, tecidos e movelaria, além das categorias mais tradicionais, como pinturas e esculturas.
O Masp (Museu de Arte de São Paulo, masp.uol.com.br) traz seu maspcast, programas de rádio via internet (podcast) sobre o que acontece no museu. Outro recurso do portal é a possibilidade de pesquisar on-line o acervo da biblioteca.
Artesanal
Além dos grandes museus, ateliês também começam a se transferir para a rede mundial. Usando tecnologias digitais, os ciberartistas demarcam na internet os seus espaços de criação.
Lançado no ano passado, o Hyd (www.hyd.com.br) mistura design, moda, fotografia e comunicação para tentar criar algo novo. "O que eu vejo são artistas em blocos, mas o interessante é juntá-los", diz Victor Hayashida, um dos criadores do site.
Com direito a página na comunidade MySpace e projetos de realizar exposições em telas de cristal líquido, os organizadores ainda exploram tecnologias alternativas, como a máquina Lomo, que capta imagens casualmente, com cores saturadas, exposição excessiva à luz e borrões.
"É completamente oposto ao digital, é uma revolução ao contrário. Porque na câmera digital você tem o flash e os ajustes, e na Lomo é o oposto: se você escolher o amarelo, a foto sairá em amarelo", diz Hayashida, que organiza mostra sobre o tema .
(MB)


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