GUSTAVO VILLAS BOAS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O mundo virtual Second Life apresenta um agitado cenário artístico, tanto que possui uma revista de arte especializada nele, a "SLart" (slartmagazine.com).
A revista discute temas como o que é arte virtual e o problema da reprodutibilidade das obras digitais. Por exemplo, como garantir a existência de um original que possa até alcançar um bom valor financeiro.
Essa iniciativa vem para ajudar a formatar um universo artístico bastante aberto e promissor, segundo o fotógrafo e diretor-executivo da consultoria de negócios DNMCA, Lysandro Frotta.
A empresa é responsável pela gestão da Galeria Um, inaugurada há duas semanas, no mundo virtual.
O prédio (secondlife://Stheno/106/5/34) reúne cerca de 60 obras de artistas baseados no Rio de Janeiro. Frotta é um dos expositores, e cópias digitais das obras estão à venda dentro do jogo.
"Eu espero que Second Life ajude a divulgar as artes. Além de mostrar reproduções tridimensionais de obras reais, existe ainda uma arte que se encerra em Second Life", diz ele, referindo-se a formas artísticas que só podem existir dentro da estrutura de uma realidade virtual.
Um exemplo é a instalação "Zero Point", (slurl.com/secondlife/Kelham/170/97/99), na qual o personagem passa por túneis e por estruturas só imagináveis na ficção.
Outras exposições mesclam a fantasia proporcionada por SL com a realidade. A "The Cult(ure) of Television" misturas ícones do mundo televisivo com possibilidades só possíveis dentro do universo virtual (secondlife://Kress/153/85/146).
Outro exemplo do que acontece no jogo é a obra do escultor real Adam Nash, que criou estruturas audiovisuais interativas (secondlife://Marni/220/199/23).

Veja no blog de Informática (www.folha.com.br/circuitointegrado) mais lugares desse tipo em Second Life.


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