São Paulo, quarta-feira, 14 de junho de 2006

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Jogo faz papel de Tio Sam e incentiva alistamento

Até o programa nuclear iraniano vira tema de game, em título anunciado para o ano que vem

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

America's Army (www.americasarmy.com), game de ação on-line gratuito, criado pelo Exército dos EUA, em 2002, para estimular o alistamento militar entre jovens, fez sucesso não apenas naquele país: seu site recebe cerca de 60 mil visitas por dia. E uma versão com a tecnologia gráfica Unreal 3 já está em produção.
Há também programas criados para simular situações militares e que se transformaram em jogos comerciais. É o caso de Real War (para PC), de Close Combat: First to Fight (para PC e Xbox), e de Full Spectrum Warrior (para consoles e PCs).
Já a quarta e mais recente versão da série Swat é um jogo de tiro politicamente correto, em que é preciso perguntar primeiro e atirar depois, sob pena de, diante de atos arbitrários, ter pontos descontados.
Mas não são apenas os americanos que utilizam os jogos para divulgar ideologias: estudantes islâmicos do Irã prometem lançar um game que aborda o polêmico programa nuclear do país. Sem nome definido e com lançamento previsto para 2007, o jogador é posto na pele de um comandante cuja missão é resgatar um cientista iraniano seqüestrado pelo exército dos EUA durante uma expedição ao Iraque.
Em maio, agências internacionais divulgaram que os jogos bélicos norte-americanos têm sido utilizados como propaganda por militantes islâmicos, para incitar jovens contra os EUA. Membros da Al Qaeda e de outros grupos estariam modificando games para colocar as tropas norte-americanas no papel dos bandidos. (TA)


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