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Jogo faz papel de Tio Sam e incentiva alistamento
Até o programa nuclear iraniano vira tema de game, em título anunciado para o ano que vem
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
America's Army (www.americasarmy.com), game de
ação on-line gratuito, criado
pelo Exército dos EUA, em
2002, para estimular o alistamento militar entre jovens, fez
sucesso não apenas naquele
país: seu site recebe cerca de 60
mil visitas por dia. E uma versão com a tecnologia gráfica
Unreal 3 já está em produção.
Há também programas criados para simular situações militares e que se transformaram
em jogos comerciais. É o caso
de Real War (para PC), de Close Combat: First to Fight (para
PC e Xbox), e de Full Spectrum
Warrior (para consoles e PCs).
Já a quarta e mais recente
versão da série Swat é um jogo
de tiro politicamente correto,
em que é preciso perguntar primeiro e atirar depois, sob pena
de, diante de atos arbitrários,
ter pontos descontados.
Mas não são apenas os americanos que utilizam os jogos
para divulgar ideologias: estudantes islâmicos do Irã prometem lançar um game que aborda o polêmico programa nuclear do país. Sem nome definido e com lançamento previsto
para 2007, o jogador é posto na
pele de um comandante cuja
missão é resgatar um cientista
iraniano seqüestrado pelo
exército dos EUA durante uma
expedição ao Iraque.
Em maio, agências internacionais divulgaram que os jogos bélicos norte-americanos
têm sido utilizados como propaganda por militantes islâmicos, para incitar jovens contra
os EUA. Membros da Al Qaeda
e de outros grupos estariam
modificando games para colocar as tropas norte-americanas
no papel dos bandidos.
(TA)
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