São Paulo, quarta-feira, 15 de maio de 2002

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Controlador não substitui diálogo

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Nenhum filtro controlador do acesso à internet substitui o diálogo entre pais e filhos. O papel do professor também é fundamental. Principalmente do professor de informática. Sandra Elias, especialista em informática na educação, dá aulas para alunos da escola Integral, em Campinas. Ela é partidária de usar a discussão para direcionar o uso da internet da melhor maneira possível.
"Durante as aulas, os alunos acessam a rede, mas antes são feitos vários debates. Levanto assuntos polêmicos, como o recebimento de fotos pornográficas e vírus e tento alertar para as consequências", diz a professora.
Na sala, há alunos que têm os mais diferentes tipos de relação com a rede. "Tenho uma aluna da 7ª série que só entra na rede, em casa, junto com a mãe. Alguns alunos podem acessar a rede quando quiserem, mas seus computadores têm programas que filtram o conteúdo."
Sandra acredita que o acesso à internet até os nove anos de idade deve ser feito com os pais. Duas horas diárias de rede é uma dose mais do que razoável.
Para que os pais fiquem tranquilos enquanto os filhos navegam, a melhor solução é auxiliá-los a criar critérios para a navegação. "Os filhos têm que estar preparados para o mundo virtual", diz Elias.

Provedores
Os provedores UOL, AOL, Terra e BOL oferecem controladores de acesso em seus discadores. No UOL, pode-se limitar o acesso dos filhos somente ao conteúdo do portal, bloqueando os sites eróticos. Os controladores de acesso dos provedores têm uma vantagem: são em português. Mas não são sofisticados como os programas que se encarregam dessa função, disponíveis apenas em inglês.



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