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Praga virtual é como um jogo de gato e rato, diz Symantec
DO ENVIADO ESPECIAL
"É um jogo de gato e rato. Nós
aprimoramos nossa tecnologia
e os autores de malwares se
adaptam", afirmou Gerry Egan,
diretor de gerenciamento de
produtos da Symantec, no Reviewer's Workshop, organizado pela empresa na semana
passada, em Sausalito.
Para dar a dimensão do alcance das pragas virtuais, Kevin Haley, gerente de grupo de
produtos da área de resposta à
segurança da Symantec, e Mark
Kanok, gerente de produto do
Norton 360, fizeram uma curiosa comparação entre a popularidade do vírus Conficker e a
do ator Ashton Kutcher.
Kutcher, que venceu a CNN
em uma batalha para alcançar 1
milhão de seguidores no Twitter, hoje é acompanhado por
cerca de 2,7 milhões de pessoas
no serviço de microblog. O
Conficker chegou a mais gente:
foram mais de 4,6 milhões de
computadores afetados.
Técnicas de engenharia social podem convencer o usuário a fornecer inadvertidamente informações confidenciais a
criminosos -basta olhar a caixa de spam do seu e-mail, provavelmente repleta de mensagens prometendo fotos picantes, dinheiro fácil e produtos
milagrosos.
As ameaças de segurança podem vir até de sites confiáveis,
uma realidade diferente de alguns anos atrás, quando elas
costumavam partir de páginas
que surgiam tão rapidamente
quanto eram removidas.
Segundo a Symantec, 85%
dos sites responsáveis por ataques em maio de 2009 tinham
mais de um ano de idade -e isso inclui páginas insuspeitas,
de grandes corporações.
Uma das muitas maneiras de
infectar sites confiáveis é por
meio de anúncios publicitários
que contenham códigos maliciosos.
Criminosos virtuais podem
lucrar convencendo as vítimas
de que seus computadores estão infectados, por meio de
mensagens fraudulentas, e fazê-las comprar pela internet
programas antivírus falsos, a
preços em torno de US$ 50.
A Symantec tem utilizado o
conceito de sabedoria das multidões, em que os próprios
usuários colaboram voluntariamente, reportando sites ou
programas maliciosos -de modo semelhante a serviços on-line de recomendação de restaurantes, por exemplo.
Enquanto muitas pessoas
ainda se preocupam que os
bancos em que têm contas sejam invadidos virtualmente,
Haley afirma que essas instituições têm boas estruturas de segurança contra ataques virtuais.
"Bancos são difíceis [de ser
defraudados]. Pessoas, não",
afirma Haley.
(RC)
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