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computadores
Fujitsu e HTC lançam PCs ultramóveis
MEIO-TERMO Menores que notebooks, aparelhos ainda sofrem com problemas como preço alto e teclado desconfortável
PAULA LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL
Há quem diga que os UMPCs
(computadores ultramóveis)
sejam uma solução em busca de
um problema. Meio-termo entre os smartphones e os notebooks, esses micros superleves
sofrem com poder de processamento reduzido em relação aos
laptops tradicionais, bateria
que dura muito pouco e teclado
pequeno demais para trabalhar
por várias horas.
Apesar de o segmento ter sido praticamente ignorado pelos consumidores até agora, as
fabricantes continuam lançando modelos de UMPC, principalmente na Ásia.
Na semana passada, a Fujitsu, a HTC e a Wibrain mostraram novidades ultraportáteis.
A Fujitsu (www.fujitsu.com), com seu U8240,
aposta na volta do Tablet PC,
formato que também não pegou. O computador tem teclado completo, mas a tela sensível gira para permitir que seja
usada também com caneta.
Do tamanho de um palmtop
avantajado, o UMPC utiliza
Windows XP ou Vista, tem processador Intel de 800 MHz, até
1 Gbyte de memória e até 40
Gbytes de disco rígido.
A tela do Fujitsu U8240 tem
resolução de 1.024x600 pixels
e o computador pesa só 580
gramas. O modelo é vendido
nos Estados Unidos por a partir de US$ 1.599.
HTC
Já o HTC Advantage
(www.htc.com) é vendido como smartphone, mas seu tamanho e o fato de seu teclado
ser grande o fazem se aproximar mais de um UMPC.
O aparelho emprega o Windows Mobile 6, sistema operacional usado principalmente
em celulares, mas tem um teclado que não é feito para a digitação com os polegares e sim
para ser apoiado em uma superfície.
O Advantage conta com extras característicos de celular,
como câmera de 3 Mpixels,
GPS integrado e entrada para
cartões miniSD.
Além disso, o aparelho acessa a internet via HDSPA, rede
de dados GSM ou Wi-Fi.
Como notebook, porém, a
configuração deixa a desejar: o
disco rígido é de só 8 Gbytes e a
memória, de 128 Mbytes.
O HTC Advantage está à venda nos EUA por US$ 849.
Wibrain
A marca sul-coreana Wibrain
vai lançar em setembro o B1,
um UMPC voltado a negócios.
A aposta da empresa é na conectividade, e o computador
pode se ligar à internet via rede
de dados GSM, GPRS ou EDGE,
além de HDSPA e Wi-Fi.
Com tela sensível de 4,8 polegadas, o B1 tem o teclado dividido em dois, em ambos os lados
da tela, para facilitar a digitação
com os polegares. O computador conta ainda câmera de 0,3
Mpixel.
O UMPC da Wibrain tem
processador de até 1,6 GHz, até
1 Gbyte de memória e disco rígido de até 80 Gbytes. O computador custará o equivalente a
US$ 650 na Coréia do Sul.
Mercado
Apesar dos lançamentos que
prometem desempenho cada
vez melhor, mesmo as projeções mais otimistas a respeito
dos UMPCs mostram que eles
não devem se tornar um hit.
Segundo previsões da empresa de pesquisa In-Stat, as
vendas de UMPCs devem chegar a 7,8 milhões de unidades
em 2011. Já as vendas de notebooks devem ser de 148 milhões de unidades em 2009, segundo previsão da empresa de
pesquisa IDC.
A consultoria Gartner afirmou, em março do ano passado, que os UMPCs ainda não
estavam prontos para serem
sucessos de vendas. Os problemas que a empresa apontou,
como a falta de bateria com
mais de oito horas de duração e
preços abaixo de US$ 400, persistem, mais de um ano depois.
A Gartner também disse em
seu relatório sobre o segmento
que é necessário um sistema
operacional mais apropriado
ao hardware dos UMPCs, que
hoje rodam com Windows XP
ou Vista.
A empresa prevê que as vendas dos computadores ultraportáteis não devam chegar aos
milhões de unidades até pelo
menos 2009.
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