São Paulo, quarta-feira, 15 de setembro de 2004

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TECNOLOGIA

Pentium terá dois núcleos

Processador ganha versão dois-em-um

BRUNO GARATTONI
ENVIADO ESPECIAL A SAN FRANCISCO

O destaque do Intel Developer Forum, evento realizado nos Estados Unidos na semana passada, foi o processador de núcleo duplo (dual core). Depois da IBM e da AMD, foi a vez da Intel de adotar essa tecnologia, que consiste no seguinte: em vez de acelerar os circuitos internos do chip (elevando sua freqüência de comutação -número medido em GHz-, por exemplo), o fabricante aumenta um pouco as dimensões externas do processador e simplesmente duplica todos os principais componentes.
Isso abre caminho para um salto na performance. Em vez de criar um chip de 6 GHz, o que é tecnicamente difícil, é possível combinar dois núcleos de computação de 3 GHz e conseguir quase o mesmo desempenho. Para que isso aconteça, contudo, os softwares precisam ser adaptados -segundo a Intel, os programas que aproveitam a tecnologia Hyper-Threading, presente no Pentium 4, já estão preparados.
O primeiro modelo dual core será uma evolução do Itanium, que não se presta a micros domésticos, mas a Intel promete lançar versões duplas do Pentium M (para notebooks) e do Pentium 4 (para PCs de mesa) em 2005.
O Pentium 4 de 64 bits, que foi anunciado em fevereiro e teve lançamento prometido para este semestre, não apareceu: ao contrário de suas rivais, que já vendem chips de 64 bits para PCs, a Intel só oferece processadores do tipo para servidores e estações de trabalho. A alegação da empresa é que, como a versão de 64 bits do sistema Windows não está pronta, o avanço seria de pouca utilidade para usuários comuns.
No evento, a Intel mostrou micros da linha Entertainment PC, que vêm com controle remoto e trazem recursos para gravar e tocar músicas e vídeos. Os primeiros Entertainment PCs, que serão fabricados pela Fujitsu e pela HP e vão custar de US$ 800 a US$ 1.400, trarão processadores convencionais (sem dual core).
A vantagem dos novos micros em relação aos Media Center PCs, que usam software da Microsoft e já estão à venda nos EUA, está no tamanho reduzido, que lembra o de um videocassete.
Como a transformação do micro em central de entretenimento envolve o uso de games, as placas de vídeo 3D também ganharam duas melhorias: as tecnologias SLI e MXM, da nVidia. A primeira permite ligar duas placas em paralelo para dobrar a performance. A SLI exige que o micro tenha uma placa-mãe especial, com dois conectores do tipo PCI Express (por enquanto, há poucos modelos do tipo para uso doméstico). Já a tecnologia MXM, que viabiliza a troca das placas de vídeo embutidas em notebooks, pode estar mais próxima: de acordo com a nVidia, quatro fabricantes asiáticos já preparam máquinas compatíveis.


O jornalista viajou a convite da Intel.


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