São Paulo, quarta-feira, 15 de setembro de 2004

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Entenda as diferenças das telas

ESPECIAL PARA A FOLHA

A tecnologia de construção de uma tela de cristal líquido (LCD) é completamente diferente da usada nos monitores CRT.
Nos CRT, um feixe de elétrons em alta tensão (os tais raios catódicos) é disparado por um canhão de elétrons, que fica atrás da tela. O feixe é sempre enviado diretamente para a frente, em direção ao centro da tela. Bobinas colocadas ao redor de seu trajeto, antes de ele atingir a tela, puxam o feixe de elétrons para os lados, para cima e para baixo, fazendo com que varra a tela como um pincel.
A tela é feita de pequenos elementos (pontos) de três diferentes compostos de fósforo, e cada um deles brilha em uma cor diferente quando alvejado pelo feixe de elétrons: vermelho, verde e azul. Cada conjunto de três pontinhos é chamado um pixel (do inglês picture element). Ligando e desligando o feixe de elétrons conforme ele vai varrendo os pixels, é possível controlar quais brilham, e com qual intensidade, formando as imagens.
Para que as bobinas possam puxar o feixe de elétrons antes de ele atingir a tela e fazer os pixels se iluminarem, é necessário que o canhão de elétrons fique bem para trás da tela. Por isso os CRT são tão "fundos".
Já nos monitores LCD cada pixel é feito de três "cristais líquidos": cristais cujas propriedades de refração e reflexão da luz mudam quando submetidos a um campo elétrico. Um cristal líquido é, na realidade, sólido, como qualquer cristal que você conhece, mas sua estrutura cristalina, observada em nível atômico, muda da mesma maneira que a estrutura dos líquidos, daí seu nome.
Colocando-se os cristais de cada pixel entre duas placas transparentes, é possível controlar o campo elétrico ao qual cada cristal está submetido e assim controlar se ele deixa passar luz ou não.
Pode-se bloquear a luz que vem de trás da tela, deixando o pixel preto, ou deixar passar seletivamente qualquer combinação das mesmas três cores básicas -de novo, o vermelho, verde e azul. Um campo elétrico é tanto maior quanto menor a distância entre as placas que o produz. Assim, é importante que o LCD seja fino.
Há duas grandes famílias de monitores LCD -os passivos e os de matriz ativa. A diferença está na forma como a luz a ser refratada/refletida é produzida. Nos monitores passivos, a luz é gerada por uma lâmpada, e cada pixel na tela de cristais apenas abre ou fecha a passagem da luz. Nos monitores ativos, cada pixel possui sua própria minúscula fonte de luz.
Telas passivas foram muito usadas nos primeiros notebooks, ao redor de dez anos atrás. Mas caíram em desuso porque têm definição pior do que as ativas e consomem mais energia.

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