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Dono quer cama elástica e doces para atrair clientes
Douglas de Amorim quer ampliar número de lojas em Curitiba; lucro ajuda nas contas domésticas
DIMITRI DO VALLE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Um puxado na parte frontal
da pequena casa de alvenaria
abriga a LAN house de Douglas
de Amorim, o Tobias, 23, morador do bairro Sítio Cercado, na
periferia de Curitiba (PR). O
plano dele é de que ali seja o
marco de uma futura rede, com
pelo menos três lojas na cidade.
"É o meu sonho. Faço isso
porque gosto mesmo de computador. Não estou nessa para
ganhar dinheiro", afirma Amorim, que montou o negócio em
setembro do ano passado.
Nos 16 metros quadrados da
sala, duas mesas comuns sustentam a rede de seis computadores, que podem ser acessados
a R$ 1,50 a hora.
O estabelecimento ajuda Tobias a tirar até R$ 1.000 por mês
para sustentar ele e mãe, de 57
anos, que sobrevive de bicos como doméstica.
Na semana passada, uma forte chuva de fim de tarde alagou
a rua. A água invadiu a casa e
quase decretou o fechamento
da LAN house, mas os equipamentos foram salvos.
Outra dificuldade para manter o negócio é a concorrência
na vizinhança. Tobias conta
que num raio de seis quadras
existem outras sete LAN houses. "Tem lugar para todo mundo, mas é uma sacanagem. As
pessoas percebem que você
montou primeiro e vão atrás",
afirma.
A solução? Apelar para a criatividade. Para ganhar a clientela, formada na maioria por
crianças e adolescentes que jogam videogame e acessam o Orkut, o dono da Lan house diz ter
planos para montar em frente a
casa uma cama elástica, além
de distribuir bolo, doces e horas
grátis para navegar. "O que temos que fazer é fidelizar os
clientes", diz Tobias.
Para o trabalho
Apesar de muita gente relacionar as LAN houses com adolescentes disputando barulhentas partidas de jogos como
o de tiro Counter Strike, nem
todos aqueles que freqüentam
esses ambientes estão procurando diversão.
É o caso do tatuador e desenhista Fernando do Amaral,
24. Ele tem um estúdio nesse
mesmo bairro, o qual funciona
dentro de um salão de beleza.
"Venho aqui mais a trabalho do
que para lazer", diz Amaral, que
usa a internet banda larga da
LAN house para manter contato com seus clientes.
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