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SEXO, SEXO E MAIS SEXO
Pesquisa nos EUA mostra que sites adultos são mais visitados que principais serviços de busca
Internautas querem erotismo, diz estudo
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Dados de uma recente pesquisa
servem de base para reafirmar
uma desconfiança que muita gente tinha: a pornografia é o tipo de
conteúdo mais procurado pelos
internautas, segundo números da
Hitwise (www.hitwise.com), empresa norte-americana de pesquisas na internet.
O levantamento foi realizado na
semana que terminou no dia 29
de maio. As páginas incluídas na
categoria adulto foram visitadas
por 18,8% dos internautas, enquanto as presentes na categoria
ferramentas de busca e diretórios
foram acessadas por 13,8% do total de quem navegou naquela semana.
Isoladamente, as principais ferramentas de busca -Google
(www.google.com), Yahoo!
(www.yahoo.com) e MSN
(www.msn.com)- respondem
por 5,5 % dos acessos.
As outras categorias presentes
entre as mais visitadas pelos navegadores americanos são entretenimento (8%), finanças e economia (7,4%) e compras (7%).
Mercado bilionário
Se internautas querem sexo, o
que não falta são opções para saciar tais desejos. No final do ano
passado, um estudo da empresa
N2H2 (www.n2h2.com), especializada em pesquisas qualitativas
de conteúdo de internet, revelou
que mais de 1,3 milhão de servidores hospedam cerca de 260 milhões de páginas com conteúdo
considerado erótico.
Essa quantidade pode ser justificada pelo grande retorno financeiro que tais sites proporcionam.
Números do conselho nacional de
pesquisas dos EUA (National Research Council; www.nas.edu/nrc) dão uma amostra de
quanto os sites de conteúdo erótico podem ser lucrativos. A entidade estima que o comércio do sexo
na internet -o que inclui valores
pagos por internautas para ter
acesso a páginas e vendas de produtos eróticos, entres outros
itens- movimenta anualmente
cerca de US$ 1 bilhão.
Esse valor, que já é considerado
elevado, pode crescer, já que em
Wall Street, centro financeiro dos
EUA, vários investidores vêem
com bons olhos o investimento. O
conselho estima que, em cinco
anos, o montante movimentado
por esse nicho do mercado deve
saltar para um valor entre US$ 5
bilhões e US$ 7 bilhões.
Essa supervalorização financeira do erotismo na rede pode levar
a longas batalhas judiciais pelos
direitos sobre um domínio (endereço de site) de fácil memorização
por parte dos internautas -conseqüentemente, muito lucrativo-, como no caso do endereço
www.sex.com.
Brasil no escuro
Uma pesquisa do Ibope/Net
Ratings divulgada na semana passada revelou que mais de 28 milhões de brasileiros adultos já
acessaram a internet.
Apesar do número expressivo
de internautas, há poucos dados
sobre o quanto pode render financeiramente uma página de
conteúdo adulto. Os próprios sites não têm números precisos.
No entanto é possível ter uma
idéia de quão lucrativo é esse filão
por aqui. O Sexy Clube (www.sexyclube.com.br), por exemplo,
tem 9.000 assinantes, sem contar
os assinantes do UOL, que também têm acesso ao conteúdo do
site. O plano mínimo de assinatura é de R$ 13,90 por um mês.
(FERNANDO BADÔ)
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