São Paulo, quarta-feira, 16 de julho de 2008

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Games não causam problemas físicos se usados com equilíbrio

DA REPORTAGEM LOCAL

O videogame, que para muitos é um vilão tecnológico, não causa tanta preocupação -ao menos na parte física- quando seu uso não é exagerado e se sobrepõe às demais atividades das crianças e dos adolescentes, como escola e exercícios.
"Fizemos uma pesquisa com cerca de 800 adolescentes de classe A de São Paulo. Desses, 58% jogam videogames. Na pesquisa não identificamos maior prevalência de tendinite, LER, entre eles", diz Clovis Artur Silva, professor livre-docente do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medcina USP, que orientou uma pesquisa de mestrado sobre dores e lesões adolescentes relacionadas a videogames e computadores.
Porém ele adverte que, na prática clínica, atende pacientes que sofrem danos físicos potencialmente relacionadas ao videogame.
Os adolescentes envolvidos na pesquisa não jogavam de forma exagerada, segundo o professor. Para Silva, o fato de ser uma atividade prazerosa pode ajudar no não aparecimento de problemas.

Tempo de uso
Ele considera duas horas o tempo máximo de jogo por dia, e diz que, a cada uma hora, a criança deve se movimentar, abrir e fechar os dedos, esticar o pescoço.
"Às vezes, os adolescentes relatam dor de cabeça, estresse, ansiedade. Podem ter obesidade ou anorexia relacionadas ao videogame, porque ele não vê o que come, diminui o esporte, ou deixa de comer [por causa dos jogos eletrônicos]. O que não pode é deixar de interagir com coleguinhas, ir ao parque, fazer esportes. O videogame e o computador não podem aprisionar." (GVB)


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