São Paulo, quarta-feira, 18 de janeiro de 2006

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Na Inglaterra, usuário precisa ter paciência

FÁBIO VICTOR
DE LONDRES

Os serviços de assinatura de banda larga oferecidos no Reino Unido estão, nos quesitos variedade e velocidade, a léguas de distância da realidade brasileira.
Mas, no item rapidez de instalação, eles perdem em eficiência. Mesmo que o interessado tenha uma linha telefônica convencional ativa, requisito básico para a banda larga, é impossível conseguir acesso em menos de uma semana. Muitas vezes, os provedores dão prazo de 20 dias para que o cliente comece a ter acesso ao serviço contratado.
Uma das explicações para a demora é o fato de que boa parte das empresas oferece somente a opção de auto-instalação, ou seja, envia pelo correio o equipamento necessário e o próprio cliente precisa configurar e instalar tudo.
A oferta é extensa: há hoje cerca de 150 provedores de internet por banda larga no Reino Unido. Quase todos têm opções de velocidade de acesso maiores que no Brasil. Embora haja planos de 256 Kbps, geralmente os pacotes começam com 1 Mbps, e há quem ofereça superplanos de 30 Mbps.
Em Londres, a assinatura mensal varia de 10 libras (cerca de R$ 40, para planos de 256 Kbps) a 30 libras (cerca de R$ 120, para supervelocidades).
Os pacotes mais procurados e alvos de ofertas constantes são os com velocidade de acesso entre 1 Mbps e 2 Mbps, com preços entre 15 e 20 libras (R$ 60 a R$ 80).
Na maioria dos casos, os contratos são obrigatoriamente de um ano, e os provedores dão descontos significativos nos preços dos primeiros seis meses.
Há quem ofereça a opção de assinatura por apenas um mês, o que costuma sair bem mais caro, apesar da conveniência.
Em que pese o crescimento constante da oferta de conexão sem fio à internet (wireless), a tecnologia mais usada continua a ser o tradicional ADSL, que usa a estrutura das rede de telefonia convencional e tem certas limitações de alcance e de estabilidade.
Várias companhias já oferecem planos que englobam banda larga e VoIP, a tecnologia que permite usar o telefone pela internet, a mesma utilizada por programas populares como o Skype.
Por um preço um pouco maior do que os dos planos convencionais, os pacotes chamados "Broadband & Talk" oferecem a possibilidade de usar uma linha telefônica a mais em casa com tarifas abaixo da média cobrada pelas companhias telefônicas.
O Reino Unido é o segundo país da Europa em número de usuários de banda larga. O país tem cerca de 8 milhões de pessoas conectadas e quase empata com a líder do continente, a França.


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