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negócios
Empreendedores brasileiros contam como criaram suas empresas de internet e dizem que público querem atingir
DANIELA ARRAIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Eles são extremamente dedicados. Se precisam trabalhar
um dia inteiro e, ainda, virar a
madrugada, o fazem com gosto,
com um único objetivo: conseguir investimentos e transformar suas empresas iniciantes
em negócios lucrativos.
Esses jovens empreendedores comandam start-ups, empresas em fase de desenvolvimento e em busca de capital
-mesmo em tempos de crise
econômica. Querem conquistar usuários e oferecer serviços
que sirvam de referência na internet.
A Folha escolheu algumas
start-ups de tecnologia para
mostrar o que oferecem.
Nicho
Apaixonada por internet e
consumidora compulsiva, Karina Rehavia, 30, queria abrir
um negócio que tivesse a sua
cara. Identificou a ausência de
um lugar em que pequenas lojas pudessem comercializar
seus produtos na internet, a
exemplo da estrangeira Etsy
(www.etsy.com).
Conseguiu R$ 80 mil de investimento inicial -por meio
de financiamento da Caixa
Econômica- e criou a Ninui
(www.ninui.com), loja virtual
voltada para o comércio de nicho. Artesãos, donos de brechós e antiquários cadastram
suas mercadorias e fazem transações por meio do site -são
170 lojas cadastradas, que disponibilizam 1.100 produtos.
"A gente disponibiliza lojas
gratuitas e infraestrutura necessária para o vendedor. Para
o comprador, garantimos segurança", afirma a sócia-diretora.
Redes
Como no Brasil o Orkut é referência, diversas empresas investem em iniciativas voltadas
para redes sociais.
O MeAdiciona (www.meadiciona.com) reúne todos os
perfis de um usuário em diversas redes sociais -e, também,
informações extras, como
agenda de contatos. "Oferecemos uma forma prática e segura para divulgar e organizar informações", afirma Diego Siqueira, 22, fundador do serviço.
Para ele, o que faz do MeAdiciona uma start-up interessante -foram R$ 40 mil de investimento do próprio bolso- é o
fato de, por meio da ferramenta, ser possível encontrar informações privilegiadas e constantemente atualizadas.
Já o Lembreto (www.lembreto.com.br) tem o objetivo
de integrar o serviço de SMS a
sites da internet. "Pessoas que
usam blog, microblog, podem
usar SMS nesses sites. A gente
chama a atenção com uma coisa que todo mundo sempre
quis, que é integrar celular à internet", diz o criador Franklin
Valadares, 35. Para fazer isso,
basta se cadastrar no site e
criar um canal -quem recebe
as mensagens paga uma taxa.
Para empresas que querem
integrar publicidade em mídias
sociais, o Boo-Box (boo-box.com) se apresenta como alternativa. "Somos uma plataforma tecnológica para veiculação
de publicidade. Em nossa rede
de mais de 3.500 sites temos
blogs, redes sociais, independentes, perfis de Twitter", diz o
cofundador Marco Gomes, 22,
que não revela o investimento
da empresa.
Bem mais estabelecida, a
WebCo cuida de serviços disseminados na rede, como o BlogBlogs (www.blogblogs.com.br), que indexa blogs brasileiros e oferece serviços como o
LiveStream, e o Brasigo (brasi
go.com.br), espaço para compartilhar conteúdo por meio de
perguntas e respostas.
Para Manoel Lemos, 34, que
criou o primeiro serviço em
noites insones em 2006, além
de conseguir conseguir dinheiro com as ideias, o grande desafio de uma start-up é formar
uma boa equipe. "O dia-a-dia
de uma start-up é diferente.
Tem que ter velocidade, entender o usuário. Envolve o amadurecimento do mercado que
ainda não está estabelecido."
Apesar de alardeada, a crise
econômica ainda não se refletiu no planejamento das empresas. "O mercado está um
pouco mais frio, todos estão
desconfiados. Mas o sucesso de
outras ferramentas nos EUA,
que passa por um período ainda mais instável, traz confiabilidade ao mercado", afirma Siqueira, do MeAdiciona.
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