São Paulo, quarta-feira, 18 de abril de 2007

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Restrição para a cópia de canções é escolhida como alvo de ciberativistas

DO ENVIADO LOCAL

Pelo que pôde ser observado nas palestras do Fórum de Porto Alegre, os mecanismos DRM, contra a cópia de música digital, entraram de vez para a lista de inimigos dos ciberativistas.
Funcionando como um pequeno programa anexo ao arquivo sonoro, o Digital Rights Management pede uma senha para que o usuário comprove que adquiriu legalmente uma canção e, depois de fazer essa checagem, controla o número de máquinas ou de aparelhos em que esse arquivo poderá ser reproduzido.
Dependendo da loja ou da gravadora, um arquivo pode ser inutilizado após um certo número de cópias ou depois de ser reproduzido por algumas vezes.
Entre os defensores da liberdade digital, a idéia é inaceitável.
Vários palestrantes do FISL compararam músicas com DRM a carros que só funcionam quando a fabricante quer e não quando o motorista quer.
Motivos para reclamar não faltam. Músicas com travas digitais simplesmente não funcionam em boa parte dos sistemas baseados em Linux.
Mais do que isso. Vários tocadores portáteis não reconhecem os arquivos comprados legalmente. Algumas lojas chegam a recomendar que o usuário grave um CD com as canções compradas e faça uma cópia pirata do mesmo para, só depois de tudo isso, conseguir transferir o conteúdo da máquina para o portátil.

Será que ele é?
A idéia das gravadoras é combater a pirataria, mas as medidas são tão incômodas que conseguiram desagradar até a Apple, empresa que mais fatura com a venda de tocadores digitais e com o comércio de canções on-line.
Steve Jobs, líder da fabricante dos iPods, iniciou a campanha contra o DRM em uma carta aberta, mas há quem diga que ele tomou essa atitude com segundas intenções.
Após perder batalhas judiciais na União Européia, onde sua empresa foi acusada de práticas monopolistas, Jobs teria decidido apoiar a liberdade das músicas para melhorar sua imagem com seus fiéis seguidores.
Depois da carta de Jobs, a gravadora EMI desistiu de vender músicas com DRM na iTunes e virou modelo para as rivais.
(JB)


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