DO ENVIADO ESPECIAL

Medidas tomadas hoje podem afetar negativamente o futuro da TV digital, no Brasil e no mundo.
O alerta, feito em diversas palestras do Fórum de Porto Alegre, é sobre a utilização e a distribuição do espectro radioelétrico, usado nas transmissões de ondas de rádio e de TV.
O sociólogo Sérgio Amadeu, da da Faculdade Cásper Líbero, afirma que atualmente esse espaço é subaproveitado e que deveria contemplar um maior número de produtores de conteúdo.
"A tecnologia pode superar as limitações do espectro, ampliando as possibilidades sem causar interferências", explicou.
Em um futuro próximo, a migração da TV convencional para digital deixará um espaço vago no espectro de transmissão.
Essa migração abre a possibilidade de novas redes de telefonia e de redes sem fio para o acesso à internet.
De acordo com queixas dos palestrantes do FISL, órgãos do governo ainda não têm planos definidos para utilizar esse espaço, e as empresas multinacionais de telecomunicações podem tirar vantagem desse fato para se apoderar de um bem público.
Como saída para esse cenário, os ativistas propõem um modelo de espectro livre, que poderia ser usado como meio de transmissão por qualquer pessoa.
(JB)


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