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CAMPANHA ELETRÔNICA
Candidatos à prefeitura paulistana têm sites em que divulgam suas propostas e rebatem críticas
Internet é arma de propaganda eleitoral
JULIANO BARRETO
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Páginas especiais criadas para as
eleições municipais de São Paulo
trazem atualizações diárias, detalhes das agendas dos candidatos e
planos de governo; a organização
dos sites, no entanto, muitas vezes
deixa o eleitor virtual na mão.
A página oficial da líder na pesquisa de intenção de voto realizada pelo Datafolha, a atual prefeita
Marta Suplicy (www.martaprefeita.com.br), traz média de
14 notícias novas por dia e tem um
jornalista contratado exclusivamente para abastecer o site.
Feita pela mesma empresa que
criou o site de Lula para as últimas
eleições presidenciais e com ajustes realizados por orientação do
publicitário Duda Mendonça, a
página traz, além das informações
sobre o plano de governo para um
eventual segundo mandato e o
balanço da atual gestão da prefeita, links para envio de cartões virtuais, download da música da
campanha e papéis de parede.
Também existe um link para
quem deseja contribuir financeiramente para a campanha de
Marta. O link não deixa de incluir
uma advertência sobre os casos
em que a doação pode se converter em crime eleitoral.
Segundo Lino Bocchini, coordenador de imprensa da campanha de Marta, durante o debate
entre os candidatos à prefeitura
paulistana na TV Bandeirantes, o
portal da prefeita colocou 25 textos no ar para rebater as críticas
feitas pelos adversários.
Tantas informações (são 27
links só na página inicial do site),
no entanto, podem confundir o
usuário menos atento e fazem dados importantes sobre as propostas da candidata disputarem espaço com peças publicitárias que repetem informações já citadas em
diversas seções do site.
Agenda
José Serra, o segundo colocado
na pesquisa, cinco pontos percentuais atrás de Marta Suplicy, conta
com a página www.serra45.org.br, que publica notícias sobre sua
agenda e suas propostas e tem
uma equipe formada por nove
profissionais.
Há também o Comitê Virtual,
seção que oferece material de
campanha, como papéis de parede, jingles da campanha e envio
de cartões virtuais.
Mas o site tem um problema:
até a conclusão desta edição, o
plano de governo não estava disponível no link correspondente.
O visitante que buscar mais detalhes sobre as propostas do candidato do PSDB encontrará apenas
um convite para enviar sugestões
e algumas enquetes que consultam a opinião dos internautas sobre problemas da cidade.
Candidato pelo PP e atual terceiro colocado nas pesquisas de
intenção de voto, Paulo Maluf
saiu atrás na internet: até o fechamento desta edição, não conseguiu colocar seu site oficial de
campanha no ar.
No endereço www.paulomaluf11.com.br há apenas uma
animação com o lema da campanha de Maluf. A quem deseja conhecer as intenções do ex-prefeito
e ex-governador, resta acessar a
página do seu partido, em www.pp.gov.br, ou aguardar o término
da construção do site.
A candidata Luiza Erundina, do
PSB, tem um site (www.luizaerundina.com.br) que promete mostrar todas as despesas
da campanha eleitoral, informações do plano de governo e detalhes da administração da ex-prefeita, entre 1989 e 1992.
Até a conclusão desta edição, a
seção de prestação de contas estava inoperante -nenhum dado
aparecia nos menus Consulta das
Movimentações Financeiras e
Consulta das Doações em Material. Detalhes sobre o plano de governo da candidata, porém, eram
fáceis de encontrar, e o visitante
pode enviar suas próprias sugestões ao plano.
No final de semana passado, no
entanto, a equipe que organizava
o site da candidata foi reformulada, e a página de Erundina saiu do
do ar durante a última segunda-feira. A previsão feita pela nova
assessoria é que até o final do dia
de hoje a situação seja normalizada.
Desinformação
Apesar da preocupação dos
candidatos com seus sites, nem
todos os internautas conseguem
acessá-los ou mesmo encontrá-los. Resultados de uma pesquisa
realizada pelo Instituto QualiBest
(www.institutoqualibest.com.br) afirmam que cerca de 70%
dos internautas nunca acessaram
ou tentaram acessar os sites de
seus candidatos. Dos internautas
entrevistados, 11% procuraram
mas não conseguiram localizar o
site do partido, e 9% não encontraram o site de seu candidato
preferido.
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