São Paulo, quarta-feira, 19 de maio de 2004

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DIVERSÃO

Indústria de games já movimenta mais dinheiro do que a cinematográfica; setores fazem lançamentos paralelos

Evento apresenta jogos baseados em filmes

Reprodução
Cena de O Prisioneiro de Azkaban, que traz o personagem Harry Potter acompanhado de seus amigos


DO ENVIADO ESPECIAL A LOS ANGELES

Nos últimos anos, Hollywood assistiu ao crescimento da indústria do entretenimento eletrônico. Em 2003, ela movimentou US$ 11,4 bilhões (segundo a NPD Funworld), enquanto a do cinema ficou em US$ 9,2 bilhões. Diante disso, não é raro ouvir referências aos games como a "oitava arte".
Pode até parecer que existe uma rivalidade entre ambas, mas o que acontece é justamente o contrário. Produtores de jogos e filmes se unem e trabalham juntos com a intenção de garantir uma experiência gratificante para quem assiste ao filme e fica com vontade de jogar o game (e vice-versa).
O diretor de cinema George Lucas é um dos pioneiros nessa dobradinha. Após consagrar nas telonas a sua mais famosa criação, "Guerra nas Estrelas", ele abriu a LucasArts e partiu para a criação de jogos.
Somente na E3 2004, a LucasArts apresentou cinco jogos inspirados no conflito entre a Força e o Império, variando desde Star Wars Battlefront, game de ação em primeira pessoa, até Star Wars: Knights of the Old Republic - The Sith Lords, um RPG.

Heróis, bruxos e vampiros
Batman, desta vez, ficou em segundo plano. Em Catwoman, baseado no filme homônimo, a grande estrela é a Mulher-Gato, que traz consigo todos os seus movimentos acrobáticos e poderes felinos, entre eles a capacidade de subir por paredes, enxergar no escuro e seguir seus inimigos por meio do faro.
Em Spider-Man 2, o Homem-Aranha terá de enfrentar o vilão Doutor Octopus e seus tentáculos mecânicos. Ainda assim, outros bandidos que não fazem parte do filme, como Abutre e Shocker, terão suas aparições garantidas durante o game.
Spider-Man 2 coloca à disposição do jogador uma detalhada reprodução virtual da região de Manhattan, livre para ser explorada. Spider-Man 2 apresenta um sistema aprimorado de combates que permite executar seqüências mais variadas de golpes.
O bruxinho Harry Potter está de volta em O Prisioneiro de Azkaban, baseado no terceiro livro da série -que, naturalmente, também está servindo de base para a produção de um filme.
Na tentativa de resolver o enigma por trás da misteriosa fuga de Sirius Black da prisão de Azkaban, Potter vai contar com o auxílio de seus amigos, Rony Weasley e Hermione Granger. Cada um tem diferentes habilidades cujo uso adequado será fundamental para conseguir avançar no game.
Além de novas magias, criaturas e cenários, O Prisioneiro de Azkaban vai permitir, em alguns momentos, controlar a coruja Edwiges. Isso sem falar no mapa mágico de Hogwarts, que mostra boa parte das dependências da escola e revela onde estão professores, funcionários e alunos.
Com Van Helsing, jogo exclusivo para os consoles, a atmosfera é mais violenta. Ambientado na Transilvânia do século 19, lar de Drácula, o local ainda reserva outras ameaças, entre elas o monstrengo Frankenstein.
Com a cara, a coragem e um arsenal de nove armas mortais, o jogador adentrará os castelos de ambas as criaturas. Sangue é o que não vai faltar, já que algumas armas foram desenhadas com a intenção de garantir o desmembramento das bestas que assolam o misterioso Van Helsing, como as lâminas para ataques fatais a curta distância. Considerando que o jogo traz um sistema de finalização, Van Helsing pode usar movimentos especiais para desferir golpes fatais em suas vítimas. (THÉO AZEVEDO)


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