LINHA DIRETA Usuários reclamam de cobranças indevidas e do desleixo no atendimento das operadoras de telefonia móvel

DA REPORTAGEM LOCAL

Quanto mais clientes, mais reclamações. Pode ser apenas uma questão de escala, mas as operadoras de telefonia móvel e as fabricantes de celular são as empresas que mais irritam os consumidores brasileiros.
A constatação pode ser feita com a ajuda da lista de reclamações de 2005 do Procon-SP (confira quadro ao lado), divulgada no primeiro semestre deste ano, na qual as operadoras superam empresas que atendem a muito mais gente, como a Sabesp e a Eletropaulo.
A correspondência recebida pelas colunas Consumo e A cidade é sua, publicadas na Folha, em Cotidiano, serve como amostra dos casos que levam os consumidores ao Procon-SP.
Os leitores Angelo Fraia, cliente da Vivo que contesta cobrança recebida, e Helua Mussa Gazi, que faz a mesma queixa contra a Claro, são exemplos. Ambos dizem ter procurado as empresas, que não resolveram o problema até o fechamento desta edição.
Os provedores de acesso rápido à internet e as empresas de TV por assinatura também são alvos de reclamações constantes. Em comum, essas empresas têm a forte concorrência em seus segmentos, as ofertas mirabolantes e o atendimento feito quase exclusivamente pelo telefone.
Esta última característica é fonte de várias reclamações e provoca problemas como os do assinante do Speedy Ivan Claudio Guedes. Ele afirma ter feito diversas tentativas infrutíferas de contato com a Telefônica que duraram mais de 30 minutos. "Nunca resolviam a minha situação e me orientavam a aguardar três dias úteis para que checassem o problema", diz Guedes em mensagem eletrônica enviada à Folha.
Na correspondência de Informática, os serviços de acesso à internet por banda larga Speedy e Vírtua, da Net, rivalizam com as operadoras em reclamações. As queixas mais comuns são relacionadas à interrupção dos serviços e à instabilidade da conexão, que, segundo os leitores, não alcança o desempenho prometido pelos provedores. (JB)


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