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teste USP
Eletrodoméstico ganha funções de micro
RETROSPECTIVA Eletrônicos avaliados apresentaram componentes de informática; LCDs e tocadores foram destaques
ODEMIR MARTINEZ BRUNO
ESPECIAL PARA A FOLHA
Em 2006, o Teste USP avaliou 23 produtos e chegou aos
seus 14 anos de existência. Convênio firmado entre o Instituto
de Ciências Matemáticas e de
Computação da Universidade
de São Paulo e a Folha, o Teste
USP é uma coluna quinzenal de
Informática.
As avaliações são realizadas
por docentes e pesquisadores
do ICMC-USP, visando sempre
analisar quesitos como qualidade, desempenho, relação
custo/benefício, manuais, facilidade de instalação e de uso.
Eletrodomésticos
O destaque deste ano foram
os eletrodomésticos com componentes de informática. Na
década de 1980, era previsto
que os eletrodomésticos seriam ligados aos micros. A idéia
era gerar equipamentos sofisticados, que seriam manipulados
por computador, o que geraria
uma variedade de recursos e
manuais volumosos.
Observamos a cada dia o aumento de elementos digitais
nos eletrodomésticos comuns,
como máquinas de lavar, televisores, geladeiras e microondas.
Num primeiro momento, essa
integração ocorreu apenas como recurso tecnológico, por
meio de aparelhos microcontrolados. Recentemente, observamos uma tendência dos eletrodomésticos apresentarem
cada vez mais requintes de produtos de informática.
Aparelhos eletrodomésticos
multimídia apresentam versões que chegam ao mercado
com conexões USB e wireless,
discos rígidos e memórias
-elementos que levam o universo da informática aos utilitários domésticos.
Diferentemente do previsto
na década de 1980, a integração
da informática torna os aparelhos mais versáteis, sofisticados e, ao mesmo tempo, mais
simples de serem usados.
Ao longo deste ano, o Teste
USP testou aparelhos de som,
televisores, tocadores e gravadores de DVDs que seguiram
essa tendência.
Além de incorporar elementos de informática, o mercado
de TVs também foi marcado
pelas grandes telas de LCD, que
começaram a ser comercializadas. Essa tecnologia, antes inviável para telas de grandes dimensões (acima de 30 polegadas), tem como vantagem a alta
definição e a qualidade das imagens exibidas.
Tocadores
Outro destaque foi a popularização dos aparelhos tocadores de MP3, que adentraram
em massa no mercado nacional. Além dos aparelhos portáteis tradicionais, começam a
aparecer também opções de tocadores com alto-falantes, como o PSS110, da Philips, testado em março.
Também foi verificada a tendência de aparelhos de som
convencionais passarem a ser
conectados ao micro ou possuírem conexão para memórias e
para discos rígidos -como o
aparelho de som 5991, da Gotec, avaliado em abril. Outra alternativa é transformar pequenos tocadores em possantes
equipamentos. Assim foi com o
iPod Hi-Fi, lançamento da Apple para sua linha de tocadores,
avaliado em setembro.
Com tudo isso, a era do MP3
parece ter marcado definitivamente o seu lugar no mercado.
Talvez, em um futuro não muito distante, essa tecnologia desbanque os CDs, colocando-os
na estante do museu, ao lado
dos discos de vinil.
O fortalecimento do formato
MP3, em 2006, trouxe vários
gigantes para esse ramo do
mercado. Um ótimo exemplo
disso é a Microsoft, que acaba
de lançar o portátil Zune, para
concorrer com o consagrado
iPod, da Apple.
Odemir Martinez Bruno é livre-docente em
computação e doutor em física pela USP, docente e pesquisador do ICMC-USP e coordenador do
convênio Folha-USP.
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