São Paulo, quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

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tecnologia

Aproxima-se a hora de superbateria a metanol

Empresas investem em produtos com capacidade para alimentar eletrônicos por horas seguidas

DA ASSOCIATED PRESS

Os proprietários de laptop, celular e iPod cansados de ver a carga de seus aparelhos esgotada depois de poucas horas de uso têm esperado pacientemente pela chegada da próxima fonte portátil de energia.
Minúsculas células de combustível, alimentadas por líquidos ou algum tipo de gás, têm sido apontadas há tempos como a solução.
Potencialmente, elas seriam capazes de fazer funcionar um laptop durante vários dias antes da próxima recarga.
Porém as células de combustível sempre estiveram a um ou dois anos distantes da chegada ao mercado. As empresas trabalham a fim de deixá-las pequenas, baratas e duráveis.
Neste ano, o governo do EUA removeu uma barreira fundamental. O Departamento de Transportes alterou as regulações sobre materiais perigosos a fim de permitir que células com metanol ou ácido fórmico sejam transportadas em aviões.
"Esse era um dos maiores desafios desse mercado, superar as questões referentes à regulação", disse Sara Bradford, consultora de sistemas de força e energia da Frost & Sullivan.
As células de combustível, nas quais uma mínima quantidade de combustível flui para um pequeno chip com a finalidade de gerar eletricidade sem combustão, permitiria aos usuários esquecer as tomadas elétricas a fim de, simplesmente, trocar o cartucho de combustível para continuar a ouvir música ou checar e-mails.
Bradford acredita que os produtos estão, agora, verdadeiramente a um ou dois anos de serem finalizados. A Liliputian Systems planeja lançar em 2009 uma célula de combustível para qualquer dispositivo que possa ser alimentado por uma porta USB.
O carregador, do tamanho de um maço de cigarros, irá usar um tubo de butano, o mesmo combustível usado em isqueiros, a fim de abastecer um BlackBerry ou uma câmera digital, disse Mouli Ramani, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da Liliputian.
O sistema de carga seria vendido por algo entre US$ 100 e US$ 150 com o cartucho de refil sendo comercializado por algo entre US$ 1 e US$ 3, disse ele.
A Panasonic está prometendo uma célula de combustível que é capaz de alimentar um laptop por 20 horas com uma dose de metanol, mas, segundo a empresa, o dispositivo não chegará às lojas antes de 2012.
Pelo menos no futuro próximo, nem todos os fabricantes devem aderir às células de combustível. Segundo Matt Kohut, analista de competitividade da Lenovo, a quarta maior fabricante mundial de PCs, as células de combustível irão um dia alimentar laptops, mas ele não as vê sendo comercializadas antes dos próximos cinco anos.
Ele acredita que o setor precisa se unir a fim de padronizar a tecnologia.
E a exigência do Departamento de Transportes de que os cartuchos de combustível tenham cerca de 200 gramas talvez impeça que os dispositivos produzam energia suficiente para os primeiros aparelhos, disse Kohut.


Tradução de FABIANO FLEURY DE SOUZA CAMPOS


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