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tecnologia
Aproxima-se a hora de superbateria a metanol
Empresas investem em produtos com capacidade para alimentar eletrônicos por horas seguidas
DA ASSOCIATED PRESS
Os proprietários de laptop,
celular e iPod cansados de ver a
carga de seus aparelhos esgotada depois de poucas horas de
uso têm esperado pacientemente pela chegada da próxima
fonte portátil de energia.
Minúsculas células de combustível, alimentadas por líquidos ou algum tipo de gás, têm
sido apontadas há tempos como a solução.
Potencialmente, elas seriam
capazes de fazer funcionar um
laptop durante vários dias antes da próxima recarga.
Porém as células de combustível sempre estiveram a um ou
dois anos distantes da chegada
ao mercado. As empresas trabalham a fim de deixá-las pequenas, baratas e duráveis.
Neste ano, o governo do EUA
removeu uma barreira fundamental. O Departamento de
Transportes alterou as regulações sobre materiais perigosos
a fim de permitir que células
com metanol ou ácido fórmico
sejam transportadas em aviões.
"Esse era um dos maiores desafios desse mercado, superar
as questões referentes à regulação", disse Sara Bradford, consultora de sistemas de força e
energia da Frost & Sullivan.
As células de combustível,
nas quais uma mínima quantidade de combustível flui para
um pequeno chip com a finalidade de gerar eletricidade sem
combustão, permitiria aos
usuários esquecer as tomadas
elétricas a fim de, simplesmente, trocar o cartucho de combustível para continuar a ouvir
música ou checar e-mails.
Bradford acredita que os produtos estão, agora, verdadeiramente a um ou dois anos de serem finalizados.
A Liliputian Systems planeja
lançar em 2009 uma célula de
combustível para qualquer dispositivo que possa ser alimentado por uma porta USB.
O carregador, do tamanho de
um maço de cigarros, irá usar
um tubo de butano, o mesmo
combustível usado em isqueiros, a fim de abastecer um
BlackBerry ou uma câmera digital, disse Mouli Ramani, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da Liliputian.
O sistema de carga seria vendido por algo entre US$ 100 e
US$ 150 com o cartucho de refil
sendo comercializado por algo
entre US$ 1 e US$ 3, disse ele.
A Panasonic está prometendo uma célula de combustível
que é capaz de alimentar um
laptop por 20 horas com uma
dose de metanol, mas, segundo
a empresa, o dispositivo não
chegará às lojas antes de 2012.
Pelo menos no futuro próximo, nem todos os fabricantes
devem aderir às células de combustível.
Segundo Matt Kohut, analista de competitividade da Lenovo, a quarta maior fabricante
mundial de PCs, as células de
combustível irão um dia alimentar laptops, mas ele não as
vê sendo comercializadas antes
dos próximos cinco anos.
Ele acredita que o setor precisa se unir a fim de padronizar
a tecnologia.
E a exigência do Departamento de Transportes de que
os cartuchos de combustível tenham cerca de 200 gramas talvez impeça que os dispositivos
produzam energia suficiente
para os primeiros aparelhos,
disse Kohut.
Tradução de FABIANO FLEURY DE SOUZA CAMPOS
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