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Do criador do game de ação GTA, Crackdown põe jogador do lado da lei
THÉO AZEVEDO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A série Grand Theft Auto fez
tanto sucesso que, ao longo dos
anos, deu vida a vários clones
-Crackdown, para o Xbox 360,
é mais um deles. O jogo, porém,
traz diferenças fundamentais, a
começar pelo pedigree, já que
foi desenvolvido por David Jones, um dos criadores da polêmica franquia da Rockstar.
Crackdown também é ambientado em uma cidade, só
que expande o cenário na vertical, com uma série de prédios
nos quais o jogador pode subir
e, uma vez no topo, saltar de
uma construção para outra. Diferentemente de GTA e seu incentivo à criminalidade, o objetivo do game é, na pele de um
policial, combater os bandidos.
O protagonista possui superpoderes, o que dá margem às
cenas de ação, algumas bastante intensas, seja na base da pancadaria, de tiros ou mesmo pilotando veículos.
A mistura de ficção científica,
com manipulação genética e
clonagem, somada aos clichês
do enredo, fazem lembrar uma
história em quadrinhos.
Por isso, em Crackdown tudo
é meio exagerado, principalmente quando os poderes do
personagem principal estão
bastante evoluídos.
A progressão se dá de acordo
com os rumos que o jogador dita para o policial, ou seja, ao optar pelas lutas, ele ficará mais
forte; se preferir dirigir veículos com freqüência, será mais
ágil ao volante.
Agilidade é tudo
O atributo mais interessante
mesmo é a agilidade, pois é ela
que define a capacidade de pulo
e transforma o jogo numa grande festa, pela enorme liberdade
que os cenários, repletos de
prédios, proporcionam. A agilidade melhora, principalmente,
com a coleta de um item chamado "orb", espalhado pelos
topos de construções.
Há inúmeras missões, algumas opcionais, mas o mais importante para fazer o enredo
progredir é derrotar as facções
inimigas que tomam conta da
cidade. Para isso, no entanto,
será preciso participar de muitos tiroteios com armas devastadoras, sem falar nas perseguições automobilísticas.
Em relação ao multijogador,
a modalidade mais interessante é a cooperativa, que permite
que duas pessoas joguem a
campanha juntas, com muita liberdade, via rede Xbox Live.
Para quem já viu Gears of
War, os gráficos de Crackdown
não chegam a impressionar. A
produtora Real Time World
utilizou a tecnologia "cel-shading", que ajuda a dar o clima
de quadrinhos ao game. Pelo
menos, não há muitas telas de
carregamento.
Curiosamente, para os fãs da
série Halo, Crackdown tem
uma importância fundamental:
é que cada cópia inclui um convite para os testes beta multijogador da terceira versão do game, que acontecerão antes do
lançamento, previsto para o final deste ano.
Segundo a Microsoft, Crackdown chega ao Brasil ainda em
fevereiro, por R$ 159, com manual em português e classificação para maiores de 18 anos.
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