São Paulo, quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

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Do criador do game de ação GTA, Crackdown põe jogador do lado da lei

THÉO AZEVEDO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A série Grand Theft Auto fez tanto sucesso que, ao longo dos anos, deu vida a vários clones -Crackdown, para o Xbox 360, é mais um deles. O jogo, porém, traz diferenças fundamentais, a começar pelo pedigree, já que foi desenvolvido por David Jones, um dos criadores da polêmica franquia da Rockstar.
Crackdown também é ambientado em uma cidade, só que expande o cenário na vertical, com uma série de prédios nos quais o jogador pode subir e, uma vez no topo, saltar de uma construção para outra. Diferentemente de GTA e seu incentivo à criminalidade, o objetivo do game é, na pele de um policial, combater os bandidos.
O protagonista possui superpoderes, o que dá margem às cenas de ação, algumas bastante intensas, seja na base da pancadaria, de tiros ou mesmo pilotando veículos.
A mistura de ficção científica, com manipulação genética e clonagem, somada aos clichês do enredo, fazem lembrar uma história em quadrinhos.
Por isso, em Crackdown tudo é meio exagerado, principalmente quando os poderes do personagem principal estão bastante evoluídos.
A progressão se dá de acordo com os rumos que o jogador dita para o policial, ou seja, ao optar pelas lutas, ele ficará mais forte; se preferir dirigir veículos com freqüência, será mais ágil ao volante.

Agilidade é tudo
O atributo mais interessante mesmo é a agilidade, pois é ela que define a capacidade de pulo e transforma o jogo numa grande festa, pela enorme liberdade que os cenários, repletos de prédios, proporcionam. A agilidade melhora, principalmente, com a coleta de um item chamado "orb", espalhado pelos topos de construções.
Há inúmeras missões, algumas opcionais, mas o mais importante para fazer o enredo progredir é derrotar as facções inimigas que tomam conta da cidade. Para isso, no entanto, será preciso participar de muitos tiroteios com armas devastadoras, sem falar nas perseguições automobilísticas.
Em relação ao multijogador, a modalidade mais interessante é a cooperativa, que permite que duas pessoas joguem a campanha juntas, com muita liberdade, via rede Xbox Live.
Para quem já viu Gears of War, os gráficos de Crackdown não chegam a impressionar. A produtora Real Time World utilizou a tecnologia "cel-shading", que ajuda a dar o clima de quadrinhos ao game. Pelo menos, não há muitas telas de carregamento.
Curiosamente, para os fãs da série Halo, Crackdown tem uma importância fundamental: é que cada cópia inclui um convite para os testes beta multijogador da terceira versão do game, que acontecerão antes do lançamento, previsto para o final deste ano.
Segundo a Microsoft, Crackdown chega ao Brasil ainda em fevereiro, por R$ 159, com manual em português e classificação para maiores de 18 anos.


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