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São Paulo, quarta-feira, 21 de maio de 2003

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HARDWARE

Leia teste exclusivo com os novos chips Athlon XP 3200+ e Pentium 4 de 3 GHz; troca de dados é aperfeiçoada

Interface mais rápida acelera processador

BRUNO GARATTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Se você está acostumado a julgar a velocidade de um PC unicamente pela taxa de "clock" (frequência de operação) do processador, pode se surpreender com os novos chips da Intel e da AMD.
Enquanto o Athlon XP 3200+, da AMD, apresenta um aumento de "clock" pouco expressivo -opera a 2,2 GHz, contra 2,166 GHz do modelo anterior-, o novo Pentium 4, da Intel, tem uma taxa até menor que a de seu antecessor: atinge 3 GHz, contra os 3,06 GHz da versão anterior.
Contudo os novos processadores apresentam níveis de desempenho sem precedentes no mercado de computadores pessoais.
Isso acontece graças a melhorias no barramento frontal e na memória RAM. Para entender as mudanças, considere o seguinte.
A taxa de "clock" representa, grosso modo, o número de vezes por segundo em que os circuitos internos do processador são acionados. Os circuitos de um chip de 3 GHz, por exemplo, oscilam 3 bilhões de vezes por segundo.
Mas o chip não funciona sozinho: ele precisa se comunicar com outros componentes para obter os dados que serão processados. Isso é feito por meio do barramento frontal (FSB), que é a via de dados pela qual o processador recebe e envia informações.
Como o barramento frontal é sempre muito mais lento do que a taxa de "clock" do processador, ele se torna um gargalo.
O avanço dos novos processadores está justamente aí: enquanto o novo Athlon opera com barramento frontal de 400 MHz (contra 333 MHz de seu antecessor), o novo Pentium atinge 800 MHz -sua versão anterior chegava a 533 MHz.
A memória RAM, que funciona como se fosse um bloco de notas (armazena os dados que serão computados pelo processador), também melhorou.
Tanto o Athlon como o Pentium aceitam memória do tipo DDR 400, que oferece alta performance, e operam no modo Dual Channel, que dobra o desempenho da memória.
A Intel parece ter abandonado a memória Rambus (RDRAM), que supostamente tem melhor performance, mas cujo preço altíssimo desestimula os usuários (ela chega a custar quatro vezes mais do que a memória DDR).
Como apontaram os testes realizados com exclusividade pela reportagem -veja números e detalhes no quadro acima e no texto ao lado-, essas mudanças geram um impacto perceptível.


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