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HARDWARE
Leia teste exclusivo com os novos chips Athlon XP 3200+ e Pentium 4 de 3 GHz; troca de dados é aperfeiçoada
Interface mais rápida acelera processador
BRUNO GARATTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Se você está acostumado a julgar a velocidade de um PC unicamente pela taxa de "clock" (frequência de operação) do processador, pode se surpreender com
os novos chips da Intel e da AMD.
Enquanto o Athlon XP 3200+,
da AMD, apresenta um aumento
de "clock" pouco expressivo
-opera a 2,2 GHz, contra 2,166
GHz do modelo anterior-, o novo Pentium 4, da Intel, tem uma
taxa até menor que a de seu antecessor: atinge 3 GHz, contra os
3,06 GHz da versão anterior.
Contudo os novos processadores apresentam níveis de desempenho sem precedentes no mercado de computadores pessoais.
Isso acontece graças a melhorias no barramento frontal e na
memória RAM. Para entender as
mudanças, considere o seguinte.
A taxa de "clock" representa,
grosso modo, o número de vezes
por segundo em que os circuitos
internos do processador são acionados. Os circuitos de um chip de
3 GHz, por exemplo, oscilam 3 bilhões de vezes por segundo.
Mas o chip não funciona sozinho: ele precisa se comunicar
com outros componentes para
obter os dados que serão processados. Isso é feito por meio do
barramento frontal (FSB), que é a
via de dados pela qual o processador recebe e envia informações.
Como o barramento frontal é
sempre muito mais lento do que a
taxa de "clock" do processador,
ele se torna um gargalo.
O avanço dos novos processadores está justamente aí: enquanto o novo Athlon opera com barramento frontal de 400 MHz
(contra 333 MHz de seu antecessor), o novo Pentium atinge 800
MHz -sua versão anterior chegava a 533 MHz.
A memória RAM, que funciona
como se fosse um bloco de notas
(armazena os dados que serão
computados pelo processador),
também melhorou.
Tanto o Athlon como o Pentium aceitam memória do tipo
DDR 400, que oferece alta performance, e operam no modo Dual
Channel, que dobra o desempenho da memória.
A Intel parece ter abandonado a
memória Rambus (RDRAM),
que supostamente tem melhor
performance, mas cujo preço altíssimo desestimula os usuários
(ela chega a custar quatro vezes
mais do que a memória DDR).
Como apontaram os testes realizados com exclusividade pela reportagem -veja números e detalhes no quadro acima e no texto
ao lado-, essas mudanças geram
um impacto perceptível.
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