São Paulo, quarta-feira, 21 de maio de 2008

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Seriados no micro

Em busca da audiência de jovens que baixam séries na internet, empresas criam novas formas de entretenimento audiovisual, que combinam os mundos da TV e do PC

DANIELA ARRAIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Fãs de séries de TV já não esperam meses para assistir à nova temporada de seu programa favorito. Baixam da internet episódios que acabaram de ir ao ar nos Estados Unidos -e com legenda em português.
Atrás dessa audiência on-line, grandes redes como NBC e Fox põem na internet, logo após sua exibição na TV, episódios de séries como "Lost" -mas apenas para os EUA.
Redes sociais como o MySpace investem em conteúdo próprio, como a série "Beyond the Rave", que foi disponibilizada para o público brasileiro na semana passada.
As ações tentam atender a um público exigente, que preza por agilidade e qualidade. "A gente quer que uma série que estreou em 2008 seja exibida em 2008", diz Bruno Carvalho, do www.ligadoemserie.com.
A internet pode estar mudando o consumo de seriados no Brasil. Pesquisa da Globosat feita em 2007 mostra que, em 2003, de cada cem telespectadores de séries no horário nobre da TV paga, 53 tinham mais de 35 anos. De janeiro a maio de 2007, essa proporção passou para 64 a cada cem consumidores de séries.
A participação dos mais jovens na audiência, no entanto, caiu. Em 2003, 17% dos telespectadores tinham entre 25 e 34 anos. Hoje, só 13% estão nessa faixa. Em 2003, 18% estavam na faixa dos 18 aos 24 anos. Em 2007, essa participação caiu para 13%.
Para Angela Connell, analista-sênior da Lifelounge, que faz pesquisa sobre o mercado de TV, a tendência de assistir a seriados pela internet ganha força entre os jovens porque eles já nasceram na época da conexão banda larga e estão acostumados a lidar com celulares e tocadores de vídeo.
"O tempo gasto com a mídia tradicional tem diminuído. Embora a influência de programas de TV tenha crescido no mercado jovem, há uma tendência de ver TV on-line e no próprio celular", afirmou em entrevista à Folha.
Nesta edição, conheça quem baixa seriados, saiba quais são os aspectos legais da prática e veja como "Gossip Girl" aponta o futuro da TV na rede.


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