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Seriados no micro
Em busca da audiência de jovens que baixam séries na internet, empresas criam novas formas de entretenimento audiovisual, que combinam os mundos da TV e do PC
DANIELA ARRAIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Fãs de séries de TV já não esperam meses para assistir à nova temporada de seu programa
favorito. Baixam da internet
episódios que acabaram de ir ao
ar nos Estados Unidos -e com
legenda em português.
Atrás dessa audiência on-line, grandes redes como NBC e
Fox põem na internet, logo
após sua exibição na TV, episódios de séries como "Lost"
-mas apenas para os EUA.
Redes sociais como o MySpace investem em conteúdo próprio, como a série "Beyond the
Rave", que foi disponibilizada
para o público brasileiro na semana passada.
As ações tentam atender a
um público exigente, que preza
por agilidade e qualidade. "A
gente quer que uma série que
estreou em 2008 seja exibida
em 2008", diz Bruno Carvalho,
do www.ligadoemserie.com.
A internet pode estar mudando o consumo de seriados
no Brasil. Pesquisa da Globosat
feita em 2007 mostra que, em
2003, de cada cem telespectadores de séries no horário nobre da TV paga, 53 tinham mais
de 35 anos. De janeiro a maio
de 2007, essa proporção passou para 64 a cada cem consumidores de séries.
A participação dos mais jovens na audiência, no entanto,
caiu. Em 2003, 17% dos telespectadores tinham entre 25 e
34 anos. Hoje, só 13% estão
nessa faixa. Em 2003, 18% estavam na faixa dos 18 aos 24
anos. Em 2007, essa participação caiu para 13%.
Para Angela Connell, analista-sênior da Lifelounge, que faz
pesquisa sobre o mercado de
TV, a tendência de assistir a seriados pela internet ganha força entre os jovens porque eles
já nasceram na época da conexão banda larga e estão acostumados a lidar com celulares e
tocadores de vídeo.
"O tempo gasto com a mídia
tradicional tem diminuído.
Embora a influência de programas de TV tenha crescido no
mercado jovem, há uma tendência de ver TV on-line e no
próprio celular", afirmou em
entrevista à Folha.
Nesta edição, conheça quem
baixa seriados, saiba quais são
os aspectos legais da prática e
veja como "Gossip Girl" aponta
o futuro da TV na rede.
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