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Seleção de tecnologia sem fios está indefinida
DA "TECHNOLOGY REVIEW"
As tecnologias de localização
têm suas raízes na Europa e na
Ásia devido à conveniência que
aqueles continentes oferecem,
mas a força propulsora nos EUA
tem sido, até agora, a segurança.
Seis anos atrás, a Comissão Federal de Comunicações (FCC) determinou que as operadoras de
telefonia celular estejam capacitadas a localizar automaticamente
qualquer pessoa que ligue para o
número 911 (emergência).
Em dezembro de 2005, as prestadoras terão de ser capazes de localizar quem está chamando com
uma precisão de 50 m a 100 m (dependendo da tecnologia utilizada). Ou seja: milhões de telefones
celulares já têm ou logo passarão a
ter recursos de localização.
Porém, no momento, a definição de quais tecnologias de localização terão um papel nessa infra-estrutura imposta pela FCC não
está clara. Cada uma delas tem
vantagens e desvantagens relacionadas à precisão, ao consumo de
energia e ao preço.
A infra-estrutura final "será
uma combinação de um punhado
de coisas diferentes", diz Jonathan Spinney, um gerente da
Esri, empresa líder em mapeamento e posicionamento sediada
em Redlands, na Califórnia.
A primeira fase do desafio é o
rastreamento em espaços externos. Dois dos mais promissores
meios de rastreamento em ambientes externos são o Global Positioning System (GPS) e as redes
de celulares existentes.
O Departamento de Defesa dos
Estados Unidos lançou o GPS em
1978 para possibilitar o bombardeio com armas de precisão. Hoje, milhares de carros equipados
com GPS ajudam civis a transpor
os campos minados de vias urbanas congestionadas.
Os receptores fixam a posição
calculando o tempo de percurso
dos sinais de rádio até pelo menos
três de 24 satélites GPS que giram
em torno da Terra em órbitas conhecidas. Atualmente, a precisão
fica entre 5 m e 20 m, mas, considerando que exige uma linha de
visão para os satélites, o GPS não
funciona bem em grandes cidades.
Para superar essa deficiência, algumas prestadoras de serviço
móvel celular empregam uma
tecnologia conhecida como GPS
assistido. Com essa tecnologia, a
rede celular existente complementa os receptores GPS, que podem levar vários minutos para localizar os satélites.
A rede agiliza esse processo de
busca e localização e ajuda o GPS
a funcionar, identificando os satélites de posicionamento mais próximos e fornecendo uma espécie
de orientação para o GPS.
As operadoras coreanas e japonesas adotaram amplamente o
GPS assistido e, como resultado, a
Qualcomm tem vendido milhões
de telefones celulares GPS para
clientes asiáticos.
Em uma abordagem similar
-você pode chamá-la de "GPS
habilitado para TV"-, a Rosum,
uma empresa recentemente criada na Califórnia, está usando sinais de transmissão de TV para
ajudar o GPS a achar satélites.
Os sinais de transmissão televisiva podem ser preferíveis aos de
celulares porque já cobrem uma
ampla área geográfica e penetram
em edifícios mais facilmente.
Mas qualquer tipo de GPS exige
que os consumidores comprem
aparelhos compatíveis. Essa transição pode levar anos.
Assim, algumas operadoras de
serviço móvel celular desenvolveram formas engenhosas de usar
isoladamente suas redes existentes para apontar a localização de
clientes. Como as redes de telefonia móvel são divididas em células individuais (daí o termo "celular") que passam as chamadas
umas para as outras, a célula que
o usuário está usando indica
aproximadamente sua posição.
A exatidão, entretanto, é insatisfatória. Um relatório da Gartner
menciona que ela está entre 30
km e 150 km, dependendo das
condições. Se estiver procurando
por um restaurante chinês em
Nova York, você terá muitos para
escolher.
Um método chamado "diferença de tempo de chegada" ("time
difference of arrival") pode reduzir o número de indicações. Similar à triangulação do GPS, essa
abordagem assinala a localização
medindo o tempo exato que o sinal de um telefone celular leva para percorrer três ou mais estações
e calculando as diferenças.
Se houver apenas duas células, o
que frequentemente ocorre em
áreas rurais, os ângulos dos sinais
podem fornecer informações adicionais sobre a localização.
Mas, embora não exijam que os
usuários adquiram novos equipamentos, as tecnologias celulares
de localização ainda não são tão
precisas quanto o GPS. Embora
sejam suficientes para atender às
exigências do governo em relação
ao 911, não se prestam a serviços
de navegação. Essa é a razão pela
qual o GPS prevalecerá: "Todos
irão para o GPS assistido", diz
Spinney.
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