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Privacidade é colocada em risco
DA "TECHNOLOGY REVIEW"
À medida que nossos aparelhos
portáteis ganham maior capacidade de indicar a nossa localização, uma pergunta se apresenta
naturalmente: estamos certos de
que queremos isso?
Os serviços de localização podem ser benéficos, mas apenas se
o perturbador problema da privacidade for resolvido primeiro.
Se não queremos que nem nossos amigos saibam onde estamos
durante todo o tempo, imagine a
potencial chateação proporcionada por anunciantes e empresas de
marketing.
Mais cedo ou mais tarde -provavelmente mais cedo-, os consumidores exigirão a capacidade
de não serem encontrados. Mesmo o engenheiro Brad Parkinson,
que desenvolveu o GPS nos anos
70, preocupa-se com a questão.
"Em cinco anos, os serviços de localização se tornarão muito mais
insidiosos do que já são. Não há
nenhuma dúvida sobre isso", diz.
Arnold Gum, executivo da
Qualcomm, compreende a necessidade de privacidade e acredita
que a melhor resposta é dar aos
consumidores a capacidade de
desligar o serviço de localização
em seus telefones, o que a tecnologia da empresa permite.
De uma forma similar, o serviço
de localização de amigos da
AT&T oferece aos usuários a opção de "invisibilidade". Além disso, as máquinas que controlam os
serviços podem ser programadas
com regras severas sobre quem
pode localizar a quem e quando
(leia texto ao lado).
Os profissionais da área acreditam que, a longo prazo, as vantagens da localização superarão
amplamente as desvantagens.
"Existem muitas coisas novas que
você pode fazer com os serviços
de localização", diz Gum. Por
exemplo, ele prevê, esqueceremos
os mapas de estradas e deixaremos que a tecnologia se preocupe
em nos dizer onde estamos.
"Não terei mais de prestar tanta
atenção às placas de ruas", afirma.
No futuro, ele acrescenta, nossos
telefones celulares vão saber
quando estivermos chegando em
casa e enviarão um comando para
acender as luzes.
Num prazo de cinco anos, concorda Spinney, os serviços de localização se tornarão onipresentes. Seu poder "estará lá, e qualquer desenvolvedor de aplicações
será capaz de agarrá-lo e de usá-lo. Uma vez que isso aconteça, você terá o potencial para que as coisas estourem", afirma. Então talvez jamais nos percamos de novo.
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