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DESENVOLVIMENTO
Integração entre redes é desafio
DA "TECHNOLOGY REVIEW"
Em um mundo ideal, um telefone celular ou PDA mudaria
automaticamente do modo de
recepção GPS (via satélite) para
o modo Wi-Fi (antena local)
quando seu usuário entrasse
em algum lugar fechado.
No mundo real, entretanto,
as peças ainda não se encaixam. "Temos uma caixa de ferramentas completa com tecnologias de localização, mas o que
não existe é uma abordagem
unificada para quem vai a qualquer lugar", diz Larry Smarr,
do Instituto para Telecomunicações da Califórnia.
Geralmente, o problema não
é tecnológico: rádios Wi-Fi e
celulares, por exemplo, podem
ser integrados em um único
dispositivo. A Symbol Technologies, uma empresa de computação móvel de Nova York,
desenvolveu um dispositivo
portátil para a empresa de correio UPS que pode acessar ambos os tipos de rede.
A dificuldade está em estabelecer planos de serviços e contratos que permitam aos usuários obter serviços de localização à medida que eles se movem em espaços exteriores ou
interiores. A integradora de celular e Wi-Fi Transat Technologies, do Texas, e a Gemplus,
uma empresa líder em cartões
inteligentes sediada em Luxemburgo, começaram a enfrentar o problema com um
software especial embutido em
cartões inteligentes.
Quando as operadoras começarem a oferecer tanto os serviços de Wi-Fi quanto os celulares, os usuários de serviço móvel poderão plugar esses cartões em seus telefones celulares, obter acesso a ambos os tipos de rede e, presumivelmente, a todos os serviços de localização que eles oferecem.
Num prazo mais curto, entretanto, um problema ainda
maior está se manifestando: e
se a pessoa que chama quiser
acessar serviços de localização
usando redes celulares múltiplas, por exemplo, a AT&T Wireless e a Sprint PCS, em vez de
usar uma rede combinada
Wi-Fi/celular de uma única
operadora?
Espera-se que, até o fim do
ano, sejam ratificadas normas
de software que permitam aos
usuários acessar serviços de localização por meio das duas
principais tecnologias celulares
dos Estados Unidos (que são
conhecidas pelos acrônimos
CDMA e TDMA).
Normas similares para rastreamento por GSM, o maior
padrão de telefonia móvel do
mundo, poderão ser aprovadas
em 2004, diz Paul Hebert, gerente de produtos da californiana Openwave Systems, que
vende programas de localização para operadoras.
Mas a pergunta que permanece é se as operadoras compartilharão seus serviços com
os clientes de outras empresas.
"Para serviços de localização,
são as questões administrativas
que precisam ser resolvidas",
não as tecnológicas, diz Hebert.
Presumindo que tais questões administrativas possam
ser resolvidas, a Intel está pressionando para possibilitar uma
interoperatividade ainda
maior em todas as tecnologias.
Embora os padrões propostos permitam aos usuários usar
serviços de localização oferecidos por diferentes redes celulares, a idéia da Intel é deixar que
eles usem alternadamente -e
sem esforço- as redes celular,
Wi-Fi e de banda ultralarga.
O sistema location-stack da
Intel também será capaz de
compensar as imprecisões das
várias tecnologias para dar
uma informação mais exata sobre a posição, diz Gaetano Borriello, diretor da Intel Research
Seattle. "A razão para estarmos
impulsionando esse modelo é
manter [o serviço de localização] independente de uma tecnologia específica", afirma.
"Queremos fornecer a infra-estrutura para que outros a experimentem e encontrem as aplicações mais eficazes", propõe.
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