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Sintetizadores servem como complemento
DA REPORTAGEM LOCAL
O que um maestro e um
percussionista poderiam ter
em comum, além de serem
músicos? A Folha conversou
com Jailson José Estrela de
Cerqueira, o Tata do Timbalada, e com o maestro Antonio Carlos Neves Pinto e
descobriu que ambos utilizam instrumentos digitais
para complementar suas
apresentações, e não para
substituir os convencionais.
Tata toca Rubber Nose,
instrumento que agrupa três
surdos de diâmetros diferentes -20, 22 e 24 polegadas-
que ficam pendurados em
uma "estante".
Mas, para aumentar a
quantidade de sons do grupo
de 19 integrantes, Carlinhos
Brown deu a ele um sampler.
"É um quadradinho [sobre
uma base] e tem nove teclas.
Cada região é um som. Eu
coloquei os timbres que se
adaptaram com a música da
Timbalada". Entre outros, o
aparelho simula sons de prato, timbale, conga e das diversas partes de uma bateria.
Tata, que aprendeu a usar
o instrumento digital sozinho, diz que o sampler aumentou o número de sons,
mas não substituiu o que
usa. O tecladista também usa
um sampler de teclado. "Já
tá bom. Três pessoas [com
sampler] seria demais".
Erudito
Antonio Carlos Neves Pinto, diretor artístico da Orquestra Filarmônica de São
Caetano do Sul e consultor
da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo),
diz a vantagem dos sintetizadores é a economia. "A vontade sempre é de ter sempre
uma orquestra completa.
Mas isso envolve uma quantidade enorme de músicos e,
quando o orçamento não
comporta, eles são uma solução", avalia.
Para ele, os sintetizadores
são muito bons, mas não são
iguais a uma orquestra acústica. "O som de cordas é diferente do de cordas sintetizadas. Tem quem diga que não
dá para perceber a diferença.
Eu percebo", diz. (CR)
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