São Paulo, quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

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Sintetizadores servem como complemento

DA REPORTAGEM LOCAL

O que um maestro e um percussionista poderiam ter em comum, além de serem músicos? A Folha conversou com Jailson José Estrela de Cerqueira, o Tata do Timbalada, e com o maestro Antonio Carlos Neves Pinto e descobriu que ambos utilizam instrumentos digitais para complementar suas apresentações, e não para substituir os convencionais.
Tata toca Rubber Nose, instrumento que agrupa três surdos de diâmetros diferentes -20, 22 e 24 polegadas- que ficam pendurados em uma "estante".
Mas, para aumentar a quantidade de sons do grupo de 19 integrantes, Carlinhos Brown deu a ele um sampler. "É um quadradinho [sobre uma base] e tem nove teclas. Cada região é um som. Eu coloquei os timbres que se adaptaram com a música da Timbalada". Entre outros, o aparelho simula sons de prato, timbale, conga e das diversas partes de uma bateria.
Tata, que aprendeu a usar o instrumento digital sozinho, diz que o sampler aumentou o número de sons, mas não substituiu o que usa. O tecladista também usa um sampler de teclado. "Já tá bom. Três pessoas [com sampler] seria demais".

Erudito
Antonio Carlos Neves Pinto, diretor artístico da Orquestra Filarmônica de São Caetano do Sul e consultor da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo), diz a vantagem dos sintetizadores é a economia. "A vontade sempre é de ter sempre uma orquestra completa. Mas isso envolve uma quantidade enorme de músicos e, quando o orçamento não comporta, eles são uma solução", avalia.
Para ele, os sintetizadores são muito bons, mas não são iguais a uma orquestra acústica. "O som de cordas é diferente do de cordas sintetizadas. Tem quem diga que não dá para perceber a diferença. Eu percebo", diz. (CR)


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