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São Paulo, quarta-feira, 23 de abril de 2003

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Transmitir dados é complicado

DA ASSOCIATED PRESS

As empresas constataram que transformar as linhas elétricas em um sistema estável de transmissão de dados em alta velocidade é complicado. Interferências de rede e transformadores e grandes bloqueadores prejudicam o uso dos cabos para a banda larga.
Mas, ao longo dos últimos anos, diz Alan Shark, presidente da Power Line Communications Association, muitos desses obstáculos foram superados por meio de tecnologias mais avançadas. Keith Brightfield, que comanda o projeto para a Ameren, diz que os esforços anteriores para colocar essa tecnologia em ação na Europa fracassaram porque os sistemas elétricos lá diferem do norte-americano. Mas não falta ceticismo.
"Creio que eles estão muito longe de provar o que dizem", afirma Larry Carmichael, gerente de projeto do Electric Power Research Institute. "Os testes realizados até agora foram pequenos demais para determinar a viabilidade técnica e financeira. O desenvolvimento desse sistema está em estágio inicial."
A tecnologia funciona assim: os dados são transmitidos por fibra óptica ou equipamento de telefonia para evitar o uso das linhas de alta voltagem, que pode perturbar a transmissão de dados, e depois são injetados nas linhas de energia mais à frente, em circuitos de média voltagem.
Como os sinais só conseguem avançar por certa distância antes de se desfazerem, dispositivos eletrônicos especiais nas linhas tomam os pacotes de dados e os amplificam e reempacotam antes de remetê-los em suas trajetórias. Outras tecnologias usam métodos mais elaborados, que fazem com que o sinal se desvie dos transformadores.
De qualquer forma, o sinal abre caminho até os bairros e os clientes, que podem ter acesso a ele por sistemas sem fio, via postes estrategicamente posicionados, ou diretamente em suas casas, junto com a corrente elétrica regular. Adaptadores nas tomadas individuais transfeririam os dados aos computadores usando as portas de acesso comuns.
A Douglas Electric Cooperative, empresa sem fins lucrativos do Oregon, com mais de 9.000 clientes em um território do tamanho do Estado do Delaware, espera que a tecnologia de internet elétrica possa complementar seus cabos de fibra óptica de alta velocidade, que são caros demais para levar aos consumidores rurais.


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