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Transmitir dados é complicado
DA ASSOCIATED PRESS
As empresas constataram que
transformar as linhas elétricas em
um sistema estável de transmissão de dados em alta velocidade é
complicado. Interferências de rede e transformadores e grandes
bloqueadores prejudicam o uso
dos cabos para a banda larga.
Mas, ao longo dos últimos anos,
diz Alan Shark, presidente da Power Line Communications Association, muitos desses obstáculos
foram superados por meio de tecnologias mais avançadas. Keith
Brightfield, que comanda o projeto para a Ameren, diz que os esforços anteriores para colocar essa tecnologia em ação na Europa
fracassaram porque os sistemas
elétricos lá diferem do norte-americano. Mas não falta ceticismo.
"Creio que eles estão muito longe de provar o que dizem", afirma
Larry Carmichael, gerente de projeto do Electric Power Research
Institute. "Os testes realizados até
agora foram pequenos demais
para determinar a viabilidade técnica e financeira. O desenvolvimento desse sistema está em estágio inicial."
A tecnologia funciona assim: os
dados são transmitidos por fibra
óptica ou equipamento de telefonia para evitar o uso das linhas de
alta voltagem, que pode perturbar
a transmissão de dados, e depois
são injetados nas linhas de energia mais à frente, em circuitos de
média voltagem.
Como os sinais só conseguem
avançar por certa distância antes
de se desfazerem, dispositivos eletrônicos especiais nas linhas tomam os pacotes de dados e os
amplificam e reempacotam antes
de remetê-los em suas trajetórias.
Outras tecnologias usam métodos mais elaborados, que fazem
com que o sinal se desvie dos
transformadores.
De qualquer forma, o sinal abre
caminho até os bairros e os clientes, que podem ter acesso a ele por
sistemas sem fio, via postes estrategicamente posicionados, ou diretamente em suas casas, junto
com a corrente elétrica regular.
Adaptadores nas tomadas individuais transfeririam os dados aos
computadores usando as portas
de acesso comuns.
A Douglas Electric Cooperative,
empresa sem fins lucrativos do
Oregon, com mais de 9.000 clientes em um território do tamanho
do Estado do Delaware, espera
que a tecnologia de internet elétrica possa complementar seus cabos de fibra óptica de alta velocidade, que são caros demais para
levar aos consumidores rurais.
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