São Paulo, quarta-feira, 23 de abril de 2008

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diversão

Avatar viaja por vários mundos virtuais

PERESTROIKA > Empresas discutem formas para permitir que internautas usem a mesma figura 3D em diferentes universos

ERICA NAONE
DA "TECHNOLOGY REVIEW"

A DAZ 3D, uma empresa com sede em Draper (Utah, EUA) que fabrica softwares e modelos para a criação de imagens tridimensionais, anunciou o lançamento do MogBox, um programa que permitiria aos usuários criar um personagem 3D em alta resolução e transportá-lo como um avatar para diferentes mundos virtuais.
Não é a primeira a se preocupar com a questão: menos voltada para os gráficos de alta resolução e mais para as possibilidades oferecidas pelas redes sociais, a empresa alemã Weblin está fornecendo a usuários avatares que podem ser usados para navegar na internet.
O MogBox foi planejado para preservar o mesmo visual de um personagem em vários ambientes, fazendo ajustes para cada mundo virtual. Isso significa, em geral, diminuir a resolução da imagem, simplificando a textura da superfície do personagem e ajustando a construção da figura para permitir que siga as regras dos variados universos digitais.
Segundo Dan Farr, presidente e co-fundador da DAZ 3D, a empresa pretende vender o MogBox para os donos dos mundos virtuais e para os habitantes desses universos. Até agora, a empresa anunciou ser compatível apenas com o Multiverse, mas espera conseguir o apoio de outros mundos digitais em breve.

Viajante
Já no caso do serviço oferecido pela alemã Weblin, quando um usuário da empresa visita um site, seu avatar aparece na parte inferior da página, onde pode interagir com os personagens de outros clientes da empresa. Esses usuários podem vestir suas criações, carregar novas imagens de avatar e importar seus bonecos do Second Life, um mundo virtual.
Os esforços para transportar os avatares de um mundo para outro ou para a internet continuam prejudicados pela falta de compatibilidade entre os universos virtuais e pela falta de um padrão para os gráficos.
Apesar de mais de 20 empresas terem anunciado no segundo semestre do ano passado a intenção de desenvolver um padrão único para os diversos mundos virtuais, esses padrões ainda não foram elaborados. Enquanto isso, outras empresas adiantaram-se em seus esforços para conectar os mundos, incorporando os diferentes padrões existentes (por exemplo, a DAZ 3D é compatível com o Collada e o FBX, dois dos formatos mais populares para criar imagens em 3-D).
Robin Harper, vice-presidente de marketing e desenvolvimento comunitário da Linden Lab, empresa responsável pelo Second Life, lembra que as pessoas possuem necessidades diferentes para suas identidades on-line.
Em situações de trabalho, por exemplo, poderiam preferir se apresentar com suas identidades reais, deixando o uso de apelidos para outros momentos. Segundo Harper, os mundos virtuais e seus habitantes precisarão refletir mais a respeito dessas questões à medida que um número maior de usuários levar sua identidade real para seus personagens ou tentar levar suas criações para circular pela internet.


Tradução de RODRIGO CAMPOS CASTRO


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