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diversão
Avatar viaja por vários mundos virtuais
PERESTROIKA > Empresas discutem formas para permitir que internautas usem a mesma figura 3D em diferentes universos
ERICA NAONE
DA "TECHNOLOGY REVIEW"
A DAZ 3D, uma empresa com
sede em Draper (Utah, EUA)
que fabrica softwares e modelos para a criação de imagens
tridimensionais, anunciou o
lançamento do MogBox, um
programa que permitiria aos
usuários criar um personagem
3D em alta resolução e transportá-lo como um avatar para
diferentes mundos virtuais.
Não é a primeira a se preocupar com a questão: menos voltada para os gráficos de alta resolução e mais para as possibilidades oferecidas pelas redes
sociais, a empresa alemã Weblin está fornecendo a usuários
avatares que podem ser usados
para navegar na internet.
O MogBox foi planejado para
preservar o mesmo visual de
um personagem em vários ambientes, fazendo ajustes para
cada mundo virtual. Isso significa, em geral, diminuir a resolução da imagem, simplificando a textura da superfície do
personagem e ajustando a
construção da figura para permitir que siga as regras dos variados universos digitais.
Segundo Dan Farr, presidente e co-fundador da DAZ 3D, a
empresa pretende vender o
MogBox para os donos dos
mundos virtuais e para os habitantes desses universos. Até
agora, a empresa anunciou ser
compatível apenas com o Multiverse, mas espera conseguir o
apoio de outros mundos digitais em breve.
Viajante
Já no caso do serviço oferecido pela alemã Weblin, quando
um usuário da empresa visita
um site, seu avatar aparece na
parte inferior da página, onde
pode interagir com os personagens de outros clientes da empresa. Esses usuários podem
vestir suas criações, carregar
novas imagens de avatar e importar seus bonecos do Second
Life, um mundo virtual.
Os esforços para transportar
os avatares de um mundo para
outro ou para a internet continuam prejudicados pela falta
de compatibilidade entre os
universos virtuais e pela falta
de um padrão para os gráficos.
Apesar de mais de 20 empresas terem anunciado no segundo semestre do ano passado a
intenção de desenvolver um
padrão único para os diversos
mundos virtuais, esses padrões
ainda não foram elaborados.
Enquanto isso, outras empresas adiantaram-se em seus
esforços para conectar os mundos, incorporando os diferentes padrões existentes (por
exemplo, a DAZ 3D é compatível com o Collada e o FBX, dois
dos formatos mais populares
para criar imagens em 3-D).
Robin Harper, vice-presidente de marketing e desenvolvimento comunitário da Linden Lab, empresa responsável pelo Second Life, lembra que as
pessoas possuem necessidades
diferentes para suas identidades on-line.
Em situações de trabalho,
por exemplo, poderiam preferir se apresentar com suas
identidades reais, deixando o
uso de apelidos para outros
momentos. Segundo Harper,
os mundos virtuais e seus habitantes precisarão refletir mais a
respeito dessas questões à medida que um número maior de
usuários levar sua identidade
real para seus personagens ou
tentar levar suas criações para
circular pela internet.
Tradução de RODRIGO CAMPOS CASTRO
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