São Paulo, quarta-feira, 24 de junho de 2009

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Excêntrico, Ballmer comanda a Microsoft

DA REPORTAGEM LOCAL

Executivo-chefe da Microsoft, Steve Ballmer é famoso pela extravagância -um flagrante contraponto ao ar sereno do fundador Bill Gates, que deixou suas atividades diárias na empresa no ano passado para se dedicar à filantropia.
Algumas das espalhafatosas aparições públicas de Ballmer se tornaram fenômenos na internet. Em um vídeo bastante popular no YouTube (bit.ly/ballmer1), Ballmer pula e grita sobre o palco durante um evento para funcionários da Microsoft. "Tenho quatro palavras para vocês: Eu amo esta empresa", anuncia, aos berros.
Em outro vídeo famoso (bit.ly/ballmer2), ele aparece com a camisa banhada de suor, a repetir incessante e vigorosamente a palavra desenvolvedores, em inglês ("developers, developers, developers, developers"), para uma plateia formada por esses profissionais.
Aos 53 anos, Ballmer trabalha na Microsoft desde 1980. Foi promovido a presidente em 1998 e a executivo-chefe em 2000. Sua fortuna pessoal é estimada em US$ 11 bilhões pela revista "Forbes" -o que o torna o 29º mais rico do mundo.
Para além da figura folclórica, Ballmer é um líder dedicado. "Bill Gates consegue pensar no futuro a partir da estratosfera porque Steve Ballmer, um presidente duro e obcecado, mantém o show na estrada", escreveu, em 2000, o antropólogo e psicanalista norte-americano Michael Maccoby.
A intensidade com que ele se entrega à empresa se converte também em incidentes. Em 2004, o desenvolvedor Mark Lucovsky informou a Ballmer que estava deixando a Microsoft para trabalhar no Google.
Nesse momento, de acordo com um depoimento de Lucovsky à Justiça, Ballmer ficou furioso, arremessou a própria cadeira e lançou pesadas ofensas a Eric Schmidt, executivo-chefe do Google, que já tinha passado por empresas de tecnologia como Sun e Novell: "Vou enterrar esse cara. Já fiz isso antes e vou fazer de novo. Vou matar o Google."
Em comunicado, Ballmer classificou o relato de Lucovsky de "exagero vulgar". "A caracterização dele da reunião não é exata", afirmou.
"Hoje, quando você fala da Microsoft, não fala mais em um executivo", afirma Osvaldo Barbosa de Oliveira, da Microsoft Brasil, para quem a estratégia da empresa é fruto do trabalho de uma equipe de comandantes de diferentes áreas, encabeçada por Ballmer. "A Microsoft, há anos, tem um time de líderes muito maduros e experientes." (RAFAEL CAPANEMA)


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