BATALHA >> Em 2008, a gigante das buscas lançou um navegador para competir com o líder Internet Explorer, da Microsoft

DA REPORTAGEM LOCAL

São cada vez mais numerosas as arenas em que Microsoft e Google travam combates diretos. O mais recente pivô do duelo entre as gigantes é o Bing (www.bing.com), buscador da Microsoft que, em poucos dias, conseguiu abocanhar uma fatia do setor em que o Google hoje reina, com 82% do mercado global em maio, segundo a Net Applications.
De acordo com a comScore, entre 8 e 12 de junho, a participação do Bing foi de 16,7% nos EUA, um crescimento de três pontos percentuais em relação ao período que vai de 25 a 29 de maio, quando o mecanismo da Microsoft era o Live Search.
Lançado neste mês, o Bing agradou com recursos como comparação de preço e busca de vídeos com reprodução automática -basta passar o mouse sobre as miniaturas.
O Bing veio à tona depois de uma longa saga de tentativas fracassadas da Microsoft para comprar o Yahoo!, vice-líder em buscas.

Navegadores
Se a maioria dos internautas vai ao Google para pesquisar, o faz geralmente por meio do navegador da Microsoft, o Internet Explorer, que deteve em maio 66% do mercado, ainda de acordo com a Net Applications.
Em setembro do ano passado, o Google lançou seu próprio navegador, o Chrome.
Apesar da divulgação ostensiva na página inicial de busca e em alguns dos serviços mais populares do Google, como o Gmail e o Orkut, o Chrome só conseguiu abocanhar, até agora, 1,8% do mercado.
Mesmo continuando na dianteira, o Internet Explorer já teve dias melhores. Entre 2002 e 2003, sua participação batia na casa dos 90%.
Depois que assumiu a liderança, o Internet Explorer aparentemente baixou a guarda. Lançado em 2001, o Internet Explorer 6 só ganhou um sucessor cinco anos depois, enquanto testemunhava o crescimento dos concorrentes, como o Firefox, da Mozilla, que hoje tem 23% do mercado.
A tardia versão 7 do Internet Explorer implementou recursos oferecidos pela concorrência, como a navegação em abas. Outras melhorias vieram na versão 8, lançada neste ano.
"O lançamento do IE 8 fez com que nós começássemos a ganhar mercado novamente", afirma Osvaldo Barbosa de Oliveira, da Microsoft Brasil.
A empresa responde a um processo na União Europeia sob acusação de práticas anticompetitivas por atrelar o Internet Explorer ao Windows.
Em 2008, a Microsoft foi multada em cerca de US$ 2 bilhões por práticas monopolistas. Em resposta, anunciou recentemente a intenção de vender o Windows 7 sem navegador na Europa. A União Europeia prefere que a empresa ofereça mais opções de browsers.
Na semana passada, a Microsoft lançou a campanha Get the facts (obtenha os fatos, bit.ly/getfacts), em que defende a superioridade do Internet Explorer em relação ao Chrome e ao Firefox em fatores como segurança, privacidade e facilidade de uso. As alegações foram contestadas por sites como o Geek Technica (bit.ly/geektech). (RAFAEL CAPANEMA)


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