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Para eles, não há tempo ruim
Tecnologias criadas para uso militar chegam
a alguns modelos
de portáteis comerciais, que suportam quedas
e grande variação de temperatura
MARIANA BARROS
DA REPORTAGEM LOCAL
Se McGyver, da série de ação
"Profissão Perigo", ainda estivesse na ativa, ele poderia contar com
mais do que canivetes e fósforos
para escapar dos perigos. Um notebook que funciona a até 60C,
um celular resistente a quedas, câmeras fotográficas com proteção
contra a neve e tocadores de MP3
à prova d'água seriam alguns dos
portáteis que poderiam figurar na
mochila do herói.
Mas mesmo os cidadãos comuns podem tirar proveito dos
equipamentos resistentes que
vêm sendo apresentados pelas fabricantes de eletrônicos. Dotados
de revestimentos especiais e de
mecanismos de amortecimento,
esses modelos estão aptos a escapar de percalços, como copos de
café derramados sobre o teclado
ou quedas acidentais.
O aumento da resistência é
acompanhado pelo desenvolvimento de novos tipos de conexão
sem fio, que possibilitam ao usuário não só levar seu portátil a lugares inóspitos mas também trocar
e-mails e navegar na internet.
Redes
O padrão de conexão sem fio
presente na maioria dos notebooks é o Wi-Fi. Processadores de
fabricantes como a AMD e a Intel
dispõem de tecnologias especiais
para esse tipo de rede, chamadas,
respectivamente, de AMD Turion
64 e de Centrino.
No início deste mês, a Intel lançou uma edição da Centrino voltada aos notebooks dotados dos
novos processadores de núcleo
duplo da empresa, batizados de
Core Duo. É a tecnologia Centrino Duo, que promete maior autonomia de bateria e melhor qualidade de conexão. Segundo sua assessoria, a AMD ainda não dispõe
de tecnologia especial para chips
dual core.
O alcance da Wi-Fi é limitado: o
sinal de cada antena tem cobertura de aproximadamente 50 metros. No entanto, essa limitação é
compensada pela popularidade
da rede, que além dos portáteis
compatíveis, dispõe de vários
pontos de acesso espalhados pelas
áreas urbanas.
Uma solução mais abrangente
que a Wi-Fi é a WiMax, cujo sinal
alcança cerca de 50 quilômetros,
suficiente para cobrir uma cidade
inteira. Mas, em termos de popularização, a WiMax ainda não dispõe da mesma adesão por parte
das fabricantes de eletrônicos -o
que poderá vir a ser resolvido
com o tempo.
Muitas empresas preferem embutir em seus portáteis a capacidade de conexão por meio de redes telefônicas de alta velocidade.
As mais utilizadas são a GPRS e a
Edge, para o padrão de telefonia
móvel GSM, e a EV-DO, para o
padrão CDMA. As redes de telefonia celular e as Wi-Fi também podem ser usadas para determinar a
localização de uma pessoa. Segundo pesquisadores, elas poderiam até mesmo substituir -com
vantagens- o sistema de posicionamento global GPS.
Nele, um sinal é emitido dos satélites que integram o sistema para o portátil. Dependendo do
tempo que o sinal leva para chegar ao aparelho, é possível determinar sua latitude e longitude.
Não é possível, porém, determinar a altitude do usuário, o que
pode ser feito por outras redes
sem fio. Além disso, essas conexões sofrem menos com bloqueio
de sinal provocado pelos prédios
altos, que barram a chegada do sinal do satélite em órbita à Terra.
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